OPERAÇÃO LEVIATÃ

Prefeito de Alto Alegre tem prisão mantida após audiência de custódia

Político de 28 anos havia passado a noite na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e seguiu para o CPC (Comando de Policiamento da Capital)

Pedro Henrique foi encaminhado para a Pamc onde ficou em cela separada dos demais detentos (Foto: Divulgação)
Pedro Henrique foi encaminhado para a Pamc onde ficou em cela separada dos demais detentos (Foto: Divulgação)

A Justiça Federal de Roraima manteve a prisão do prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado (PSD) após audiência de custódia nesta sexta-feira (1º). O político de 28 anos seguiu para o CPC (Comando de Policiamento da Capital).

Ele havia se entregado à Polícia Federal nesta quinta-feira (31) e passou a noite na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), onde permaneceu em cela separada dos demais detentos.

Na terça-feira (29), Pedro Henrique foi alvo de operação da PF que investiga suposta organização criminosa voltada à prática de fraudes a licitações, pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro. O processo corre em sigilo. Para a ocasião, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou 12 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão – incluindo para o prefeito.

As investigações iniciaram com a análise de materiais apreendidos em outra operação da PF, na qual a corporação encontrou diálogos entre um empresário e um político sobre a contratação de uma empresa para serviços de engenharia para a Prefeitura de Alto Alegre.

Há indícios de que a organização criminosa tentaria obter propinas em troca do direcionamento de procedimentos licitatórios. São investigados processos de contratação de serviços relacionados à iluminação pública e a obras de asfaltamento e pavimentação.

Sede do Comando de Policiamento da Capital, no Centro de Boa Vista (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Alvo de processo de cassação

Pedro Henrique foi cassado em primeira instância por suposta troca de cestas básicas por votos nas eleições municipais de 2020. Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) negar os recursos do político, o processo foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).