CRISE NA GESTÃO PHM

Cassada em 1ª instância, vice-prefeita assume Alto Alegre enquanto titular está preso

Simone Friedrich já foi esposa de ex-prefeito acusado de fraude licitatória. Ela responde a processo de cassação junto com Pedro Henrique

Simone Friedrich e Pedro Henrique Machado (Foto: Arquivo pessoal)
Simone Friedrich e Pedro Henrique Machado (Foto: Arquivo pessoal)

Desde a prisão de Pedro Henrique Machado (PSD), Simone Elisabete Friedrich (Progressistas), de 57 anos, é a prefeita em exercício de Alto Alegre. Preso em Boa Vista, o político é alvo de investigação sobre suposta organização criminosa voltada a fraudes licitatórias, pagamentos de propinas e lavagem de dinheiro.

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Simone Elisabete exerce o seu primeiro mandato como vice-prefeita. Em 2020, ela concorreu pela primeira vez a uma eleição. A chapa formada com o então candidato a reeleição Pedro Henrique foi vitoriosa ao receber 3.928 votos.

Ainda durante a campanha, os candidatos se tornaram alvos de uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) por possível abuso de poder econômico. A denúncia cita que a Prefeitura contratou, sem licitação, uma empresa para fornecimento de R$ 498 mil em gêneros alimentícios, que foram distribuídos em cestas básicas a mais de 1 mil famílias durante a pandemia de Covid-19.

Mas em abril de 2021, a juíza Sissi Marlene Dietrich Schwantes, da terceira Zona Eleitoral de Alto Alegre, cassou a chapa. A decisão foi mantida em julgamento do mérito da ação e dos recursos na esfera estadual, e, portanto, o processo foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ex-esposa de ex-prefeito acusado de fraude licitatória

Simone Elisabete também já foi secretária de Educação de Alto Alegre na gestão do ex-prefeito Viru Oscar Friedrich, seu ex-marido, que governou a cidade de 2004 a 2012. Viru teve gestão marcada por acusações de irregularidades, como a de fraude licitatória em processo que resultou em decisão judicial que o obrigou, aos 66 anos, a se entregar à Cadeia Pública de Boa Vista em 7 de agosto. Mas na quarta-feira (30), a Justiça de Roraima concedeu a ele alvará de soltura.

A representação que ele responde iniciou após denúncias envolvendo a contratação de uma empresa para o fornecimento de equipamentos médicos hospitalares, equipamentos de informática e materiais permanentes para a Prefeitura de Alto Alegre. O esquema comprometeu a competição no processo licitatório, beneficiando uma empresa e prejudicando a Fazenda Pública. O valor dos contratos chegava a R$ 400 mil.