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Vendedora investe nas vendas diretas para iniciar próprio negócio

Na Folha do Empreendedor de hoje você vai conhecer a trajetória da empreendedora Adriana Ferreira Sousa, que, ao espelhar-se no exemplo de sua mãe, uma vendedora autônoma, descobriu o potencial das vendas diretas de porta em porta.  E foi através do atendimento personalizado e do contato direto com suas clientes que ela transformou uma atividade que era apenas uma complementação da renda em negócio. Com o sucesso das vendas, ela pediu demissão do emprego e hoje se dedica apenas às vendas em seu novo negócio.
Uma das grandes vantagens da venda direta, mais conhecida como venda de porta em porta, é que além de ser uma ótima alternativa de renda e oportunidade para complementar o orçamento familiar, dá a oportunidade de trabalhar em horários flexíveis e faturar conforme a dedicação.  Seus esforços determinam seu rendimento.
Com todos esses benefícios, a venda direta também proporciona o contato direto com o cliente, e para o consumidor isso representa um atendimento personalizado que não existe no varejo tradicional. Talvez seja esse o grande segredo do negócio e o fator responsável pela expansão desse segmento, que cresce em vários níveis e sustenta esse grande mercado consumidor, independente do produto comercializado.
E foi cultivando esse contato pessoal, entre vendedores e compradores, que Adriana Ferreira Sousa, uma jovem empreendedora, descobriu um grande negócio e criou um vínculo de amizade com suas clientes, que vai além das vendas. Ela usou a vocação para o comércio para iniciar o próprio negócio.  
Adriana nasceu em Imperatriz (MA), é filha de uma servidora pública e mora há mais de 25 anos em Roraima, estado que escolheu para viver quando se mudou com a família no final de década de 80 em busca de novas oportunidades.
Contou que mesmo com emprego fixo, sua mãe (grande incentivadora e fonte de inspiração) sempre encontrou nas vendas uma chance de conseguir um dinheiro extra, e, até hoje, é revendendo confecções que ela complementa a renda da família.
Desde muito jovem, Adriana disse que participava indiretamente nas atividades de sua mãe e observava uma cena comum em casa, que “vivia cheia de clientes”. “Oferecia mercadorias para amigas da escola e, mais tarde, para as da faculdade; arrumava clientes para minha mãe, era tipo uma vendedora auxiliar e ajudava-a indiretamente”, disse.
Educada em meio a esse comércio informal dentro de casa, Adriana acabou sendo influenciada e acreditou que também poderia se dar bem com as vendas. Prova disso é que seu primeiro emprego foi, justamente, como vendedora no comércio local.
“O que mais atrai nas vendas é o contato com os clientes. Gosto de trabalhar e identifiquei-me com o trabalho no comércio. Tive duas experiências até começar a investir no próprio negócio”, afirmou.
A exemplo da mãe, era com as vendas que ela fazia uma grana extra e conciliava o emprego como auxiliar administrativo no governo do Estado e depois numa empresa aérea,com as vendas externas.
“Após seis anos de trabalho, pedi demissão do emprego para investir no próprio negócio. Minha chefe não queria me dar as contas e até tentou me convencer a não sair do emprego, mostrando as vantagens de ter um emprego formal, como décimo terceiro, férias, entre outros, mas não foi suficiente. Estava decidida”, pontuou. “Tinha um exemplo e uma prova em casa de que o negócio era viável. Não me arrependo”, disse satisfeita.
Para começar, Adriana fez a primeiras compras de mercadorias mesmo antes de sair do emprego e adquiriu alguns artigos de moda praia feminina: biquínis, saída de banho e bolsas. “O mercado local pedia modelos diferenciados, mais extravagantes, modernos, com estilo”, comentou.
Confessa que não teve dificuldades para encontrar as mercadorias que procurava e usou a internet para descobrir fornecedores. “Fui para internet e comecei a visitar sites de empresas que fabricam as peças, principalmente no instagran, onde as empresas costumam publicar diversos produtos e há facilidade de manter contatos comerciais”, ensina.
Com o dinheiro guardado em uma poupança pessoal, a vendedora adquiriu apenas 15 pares de peças. As primeiras clientes foram as amigas pessoais e as do trabalho, e a mercadoria fez enorme sucesso. Em pouco tempo, Adriana estava com a mala do carro cheia de novas mercadorias e com a agenda cheia de visitas marcadas para atender as clientes em toda a cidade.
Em dezembro de 2013, passados cinco meses, Adriana pede demissão do emprego e resolve se dedicar apenas às vendas, que já consumiam grande parte do seu dia.
“Sou consumidora desses produtos e isso me ajudou nas vendas. Conheço os estilos e gostos que estão na moda. Dos biquínis, passei a vender  óculos de sol e moda fitness feminina”, citou.
Ela assegura que as clientes foram conquistadas uma a uma na propaganda boca a boca. Os modelos diferenciados de suas peças, com estilo moderno e despojado, além do atendimento personalizado, em domicílio, no trabalho ou em qualquer outro lugar que a cliente solicitava, colocavam em evidência seu negócio.
“Já atendi clientes até dentro do carro, e a visita pode ser agendada para qualquer dia da semana: sábados, domingos e feriados em qualquer hora do dia ou da noite. Se o cliente chega do trabalho cansado e solicita uma visita, vou até sua residência”, avisa.
Produtos estão expostos numa vitrine virtual, na internet e nos aplicativos
A internet – com suas redes sociais e os aplicativos como instagran e wattsapp – tornou-se uma poderosa ferramenta de divulgação das pequenas empresas. Aproveitando o grande potencial de alcance e compartilhamento instantâneo de informações, fotos e vídeos, proporcionado por essas ferramentas, muitos empresários têm impulsionado suas vendas com uma simples postagem.
Adriana aprendeu a usar essas ferramentas a favor do seu negócio. Uma estratégia para divulgar seus artigos é publicar fotos no instagran e no wattsapp, onde ela costuma compartilhar as novidades com amigas e seguidoras. Em segundos, ela consegue “apresentar” seus produtos para cerca de mil clientes cadastrados como seguidores só no instagran.
A empresária criou também um grupo bate-papo da Dry Variedades para troca de informações, anúncio de produtos e promoções. “No watts, faço uma pré-venda, tiro dúvidas e informo preços e condições de pagamento, por exemplo”, explicou.
Em setembro de 2013, a vendedora formalizou o negócio e hoje é uma microempresária. “A formalização me trouxe vantagens, como descontos em compras, a possibilidade de vender por meio de cartão de crédito e acesso a várias capacitações. Já fiz mais de cinco cursos pelo Sebrae sobre finanças, negócios, vendas entre outros e já tenho até logomarca”, comemora.
Aos poucos, a empresária vem expandindo o negócio e incorporando novas mercadorias. “Passei a vender também bolsas, a pedido das clientes”. Na moda fitness, a empresária trabalha com calças leg no estilo brocado, supless, estilo cos alto. Os óculos são fabricados no Panamá e possuem proteção ultravioleta.
Um das prioridades é com a qualidade do produto. O tecido, além de resistente ao cloro, é confortável e moderno. “Se um cliente quiser um modelo especial, solicito dos meus fornecedores”.  A empresária mantém contato com fornecedores de São Paulo, Salvador, Goiânia e todos possuem referência no mercado e distribuem mercadorias para todo o Brasil.
Além das vendas em domicílio, a Dry Variedades atende na rua Cabo Lourenço Melo, 864 – Bairro Caranã. O atendimento é feito em qualquer dia da semana, feriados e finais de semana, com horário previamente agendado. Telefones para contato: (95) 98112 – 5242/ (95) 99137 – 17757 (Wattsapp). Tanto para encomendas, como para reservas e consultas em geral. Os interessados podem seguir o instagran @dryvariedades
PERFIL
Nome Completo: Adriana Ferreira Sousa Estado Civil: Solteira Idade: 34 anos Filhos: Sem filhos
Por que investir em Roraima? Apesar de não ser natural de Roraima, eu amo este Estado e o mercado foi bem receptivo para minhas mercadorias e a minha proposta de trabalho, que é venda de porta em porta.
Momento Inesquecível: Foi a decisão de trocar o emprego formal pela experiência de ter o próprio negócio.   O melhor da vida empresarial: A independência financeira, o contato direto com as clientes e essa criação de vínculo de amizade.   O que é ser empreendedor? É ter muita coragem e determinação. Nossa atividade envolve o risco. Se tiver medo, não consegue ser um empreendedor.   Qual o segredo para fidelizar um cliente? Tenho um preço bom, lanço promoções, sorteio vários brindes, atendo bem. Ofereço também patrocínios para desfiles e eventos.   Que conselho você daria a alguns que queiram montar o seu próprio negócio? Encontrar um negócio com o que realmente se identifique, ter coragem e não ter medo de arriscar.   Qual o diferencial de sua empresa? É o atendimento personalizado em qualquer dia da semana (sábado, domingos e feriados) e em qualquer hora do dia ou da noite. Basta agendar uma visita por wattsapp ou telefone que levo a mercadoria.
Qual sua próxima meta? Quero que meu nome e meus produtos sejam conhecidos na cidade e pretendo construir um espaço para atender as clientes na minha casa.
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