Política

Técnicos apontam irregularidades na distribuição de sementes e calcário

Os principais programas de governo que incentivam a produção da Agricultura Familiar estão parados em Roraima. O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hipérion Oliveira, disse que já está trabalhando para que os programas, entre eles os de distribuição de calcário e sementes, voltem a atender o homem do campo nos próximos meses. As ações foram suspensas por irregularidades na distribuição dos insumos agrícolas.
Oliveira disse que, para reativar os programas, técnicos da Seapa (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) já estão fazendo um levantamento minucioso em todos os processos de distribuição de sementes e calcário, porque existe forte indício de irregularidades na distribuição.
“Pessoas com poder aquisitivo, que poderiam comprar os insumos agrícolas, estavam recebendo calcário do governo, em detrimento do pequeno produtor que realmente deveria receber, mas que não estava sendo contemplado pelo governo passado”, disse.
Ele afirmou que os dois programas passam por adequações para atender quem realmente precisa. “Estamos apurando todas as denúncias e vamos mudar os critérios de distribuição dos insumos. Os programas devem subsidiar os pequenos produtores, e não empresários e grandes produtores que podem comprar calcário e sementes”, frisou.
Técnicos da Seapa também trabalham com associações de produtores que ainda têm sementes de feijão, milho e mandioca para plantar. Eles ainda verificam as regiões produtivas de Roraima que receberão os insumos agrícolas da nova gestão de Governo.
Na manhã de ontem, o secretário discutiu os principais entraves da pasta com técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e veterinários. Na reunião, ocorrida no auditório da Seapa, Hipérion Oliveira anunciou algumas medidas que serão adotadas para melhorar o trabalho dos técnicos de campo.
Os profissionais da área rural, durante a reunião, também falaram dos problemas que enfrentam no interior do Estado. “Queremos saber a condição de trabalho de nossos servidores para que possamos melhorá-la e torná-la viável. A proposta é construir o quanto antes uma nova política de desenvolvimento para o nosso setor produtivo que, infelizmente, está parado”, afirmou.