De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil detém o título de nação mais ansiosa do planeta, e aproximadamente 90% da população global enfrenta algum nível de tensão.
O médico especializado em infectologia e acupuntura, Marcelo Neubauer, associado ao Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, aborda esse tema crucial.
Quais doenças o estresse pode desencadear?
A principal manifestação originada pelo estresse é a ansiedade, entretanto, o médico explica que ele também pode desencadear condições como hipertensão e precipitar o desenvolvimento do diabetes.
“Isso não implica que a pessoa se tornará diabética devido ao estresse, mas se já houver uma predisposição para o diabetes por volta dos 50 anos, por exemplo, e a vida for marcada pelo estresse, a doença poderá surgir aos 40”, contou.
Adicionalmente, o estresse tende a agravar doenças coronárias. Indivíduos que já sofrem de angina (dor no peito decorrente da redução do fluxo sanguíneo no coração) têm episódios mais precoces e maiores riscos de infarto.
Em alguns casos, um pico de estresse pode desencadear um infarto fatal.
Outras aflições incluem insônia, que pode ou não estar associada à ansiedade, dor crônica e a agitação da vida moderna, entre outras.
O estresse pode desencadear alergias?
Há várias condições de pele que podem piorar devido ao estresse, tais como vitiligo, psoríase e dermatite atópica.
No caso de alergias de origem física ou doenças com raízes emocionais, o tratamento mais apropriado envolve uma abordagem multidisciplinar que une cuidados dermatológicos e suporte psicológico.
Como reduzir o estresse?
A chave reside na busca por uma melhor qualidade de vida. Não se trata apenas de quantificar a quantidade de estresse que uma pessoa enfrenta diariamente, mas sim de aprender a lidar com ele.
Nesse contexto, o médico ressalta que é essencial encontrar formas de escape, ou seja, adotar atividades que promovam um bem-estar geral, como a prática de exercícios físicos, a terapia ou mesmo o engajamento em trabalhos voluntários.