AFONSO RODRIGUES

Mudanças que não mudam

“Quando o povo desperta e manifesta sua força e sua majestade, o que acontece uma vez em séculos, tudo dobra diante dele. O despotismo estende-se no chão e simula a morte, tal um animal covarde e feroz diante do leão. Contudo, não demora em levantar-se e aproximar-se do povo com maneiras Carinhosas. Usa a duplicidade em vez da força” (Robespierre)

Analise bem o pensamento do Robespierre. Talvez estejamos na onda dos velhos séculos. E continuamos sem saber o que somos para o que deveríamos ser. Não sei se já deu para perceber que não tenho nada contra a política, nem contra os políticos. Eles são eleitos, escolhidos pelos eleitores. O que me faz pôr a culpa no desmando, no eleitor. Minha intenção era sugerir para você, eleitor, perguntar para o político, por que ainda não temos o voto facultativo. Mas mudei de ideia e a pergunta fica para você eleitor. Por que será que ainda não percebemos que não há democracia com obrigatoriedade no voto? Nossa política ainda continua navegando nas ondas assustadoras dos blá-blá-blás alardeantes. Foi o que assistimos, hoje, durante o café da manhã, pela televisão. Muito papo furado que mantém o eleitor desorientado pela falta de conhecimento, pairando no ar vazio do saber.

Todos os que defendem a Educação como o instrumento apropriado para a liberdade cidadã, são ignorados e, muitas vezes criticados. Mas a verdade é que ou nos educamos ou continuaremos aliados dos menos educados, mundo a fora, que podem nos “ajudar” no desenvolvimento político. Vamos acordar e parar de perder tempo e dinheiro público, com acontecimentos como o de 8-1. Porque acho que é assim que ele vai ficar apelidado. Vamos nos educar para podermos ser verdadeiramente cidadãos respeitados como tal. É doloroso vermos nosso dinheiro jogado pelos ralos da ignorância. Ainda não acordamos para a realidade no uso do nosso dinheiro.

O brasileiro ainda não entendeu que tudo que fazemos no País é pago com nosso dinheiro, e não com o dinheiro do administrador. Ainda nos benzemos diante do governo porque ele paga o nosso salário. Quando na verdade o administrador não paga o salário, ele apenas efetua o pagamento, feito com o dinheiro que lhes repassamos como depósito nos juros que pagamos.  Vamos ser cuidadosos no elevo das dádivas carinhosas. Somos um País de dimensões continentais e que ainda somos vistos como inferiores. Vamos ser mais atentos à fala do Abraham Lincoln: “Não se pode favorecer a fraternidade humana, encorajando a luta de classe”. Vamos parar de espernear, em lutas pacificas, para o nosso desenvolvimento, partindo da Educação. Pense nisso.

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