No sentido de resolver problemas relacionados à demora e má qualidade da alimentação fornecida ao sistema prisional por meio de empresa terceirizada, o Governo do Estado deverá rescindir o contrato de fornecimento. Com a rescisão, as reeducandas do presídio feminino de Boa Vista irão preparar a alimentação da própria unidade.
A decisão foi informada na tarde desta segunda-feira, 12, pelo secretário de Justiça e da Cidadania, Josué Filho, durante visita da comitiva da segurança pública às dependências daquela unidade prisional. O presídio oferece estrutura razoável para a população carcerária, que totaliza 136 mulheres. Uma criança vive no local com a mãe, que está presa. Porém, o local também precisa de reparos na estrutura, tendo em vista que algumas obras nunca foram concluídas.
A reclamação sobre a alimentação por parte das reeducandas foi reforçada pela presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Joana D´arc Soares. Segundo ela, a comida fornecida diariamente chega estragada e é doada para criadores de porcos servirem os animais.
A comitiva do governo visitou a cozinha da unidade e constatou que é possível o preparo de alimento no local. Algumas adaptações deverão ser feitas, com aquisição de fogões, e congeladores para armazenar os alimentos. Pelo trabalho, as detentas terão direito a remissão da pena.
Quanto às medidas relacionadas à empresa terceirizada, o secretário Josué Filho afirmou que o Estado buscará os meios de rescindir o contrato. “Vamos rescindir o contrato urgentemente. Precisamos dar condições dignas de alimentação aos detentos”, declarou.