Em um trágico acidente ocorrido na Rua Sucupira, bairro Caçari, no dia 31 de agosto, por volta das 16 horas, Dulcilene Silva dos Santos, 40 anos, perdeu a vida. Conforme noticiado pela FolhaBV, ela estava em sua motocicleta quando um reboque, que estava sendo puxado por um Nissan Frontier, se soltou e cruzou seu caminho. Ao se chocar com o reboque, a vítima veio a falecer no local.
O então suposto condutor do Nissan, identificado como C. M. C. R., 21 anos, foi levado à Central de Flagrantes, onde a delegada de plantão, Jaira Farias, formalizou sua prisão em flagrante por homicídio culposo. Além disso, foi identificado que o jovem estava dirigindo sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação. Devido à gravidade do ocorrido, ele não teve direito à fiança policial e, portanto, foi encaminhado para Audiência de Custódia.
No entanto, uma reviravolta pode mudar o rumo das investigações. J. S. B., 27 anos, sobrinha da falecida, apresentou, em 19 de setembro, um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Acidentes de Trânsito, informando que C. M. C. R. pode não ter sido o condutor no momento do acidente. Ela também trouxe à tona um vídeo em que C. M. C. R. aparece saindo pelo lado do passageiro após o acidente.
Com base nesse novo relato, a Delegacia de Acidentes de Trânsito, sob a liderança do delegado Juseilton Costa e Silva, realizou novas diligências em parceria com o Departamento de Operações Especiais. As investigações levaram à identificação do verdadeiro motorista no momento do acidente: o comerciante A. O. B., 54 anos.
Ao ser interrogado, A. O. B. explicou que, logo após o acidente, estacionou o veículo para ajudar a vítima. Em seguida, deixou C. M. C. R. no local e foi até sua casa, próxima dali, em busca de auxílio devido a uma crise de ansiedade. Ele negou ter ingerido álcool e mostrou-se confuso quanto ao motivo de C. M. C. R. ter ocultado a verdade.
Enquanto isso, C. M. C. R. optou por se reservar ao direito de só se pronunciar perante o Judiciário. As atualizações sobre o caso foram enviadas à Justiça, juntamente com os registros originais do Auto de Prisão em Flagrante.