O Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte negou envolvimento e confronto entre militares e garimpeiros no Rio Uraricoera, na região do Palimiú, em Alto Alegre. A resposta se deu após familiares acusarem que militares do Exército foram responsáveis pelas mortes do garimpeiro Flávio Luiz, 34 anos, e do adolescente identificado como David Lucas, 15 anos.
À FolhaBV, a assessoria de imprensa do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte informou que não houve nenhum confronto na data da última quinta-feira (21), assim como na região de Palimiú. Ainda reforçou que a atuação das Forças Armadas “são pautadas pelos princípios de legalidade e legitimidade”. (Nota completa ao final)
Apesar disso, a família ainda cobra respostas pelas mortes. Na manhã desta segunda (25), eles manifestaram em frente ao Ibama, com apoio do Movimento Garimpo é Legal, para pedir explicações sobre o ocorrido, onde entendem como um crime.
O caso
De acordo com um familiar de Flávio, que preferiu não se identificar, um canoeiro que estava com as vítimas, e foi liberado no momento da abordagem, teria presenciado os homicídios. Conforme o relato, quatro canoas seguiam pelo rio Uraricoera, no dia 21 de setembro, em direção a um garimpo, quando ao avistar o Exército, três canoas conseguiram retornar.
O barco em que Flávio e Lucas estavam, não teria conseguido fugir e foi abordado pelos militares. O piloto do barco teria levado um tiro de bala de borracha nas costas e os outros dois teriam sido brutalmente assassinados a tiros.
Após a execução, segundo o denunciante, os militares teriam amarrado os corpos no motor do barco e jogaram no fundo do rio.
Nota do Exército
Sobre os questionamentos recebidos, envolvendo os dois corpos encontrados no Rio Uraricoera, o Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte informa que não houve confronto entre militares e garimpeiros com vítimas fatais na data e região mencionadas, e que a atuação das Forças Armadas são pautadas pelos princípios de legalidade e legitimidade.
Informa nota do Comando.