SETEMBRO AMARELO

Palestras de psicanalista abordam prevenção do suicídio em Boa Vista

Essa abordagem concentra-se na compreensão dos processos mentais inconscientes, que muitas vezes se manifestam por meio de atos falhos, chistes e sonhos. 

Palestras de psicanalista abordam prevenção do suicídio em Boa Vista

No mês de setembro, o mundo se une em prol da conscientização sobre a saúde mental e da prevenção do suicídio através da campanha conhecida como Setembro Amarelo. Em Boa Vista, a psicanalista e advogada Layse Dantas tem desempenhado um papel fundamental na disseminação dessas importantes mensagens por meio de suas palestras e eventos.

ABORDAGEM PSICANALÍTICA NA SAÚDE MENTAL

Layse Dantas, em suas palestras, utiliza a abordagem da Psicanálise desenvolvida por Sigmund Freud. Essa abordagem concentra-se na compreensão dos processos mentais inconscientes, que muitas vezes se manifestam por meio de atos falhos, chistes e sonhos. 

Essa compreensão ajuda a interpretar como esses processos influenciam o comportamento e o desenvolvimento do indivíduo em análise.

A AJUDA DA PSICANALISTA

Para aqueles que sofrem com depressão e outros problemas de saúde mental, a relação entre o paciente e o psicanalista, chamada de transferência, desempenha um papel crucial. 

O psicanalista ajuda o paciente a explorar seus sentimentos em relação ao terapeuta, o que pode refletir indiretamente nos problemas de saúde mental do paciente. Através da análise pessoal, o profissional auxilia o paciente a lidar com seus aspectos inconscientes, como desejos, conteúdos reprimidos e conflitos, contribuindo para aliviar a tristeza e a desesperança associadas à depressão.

SINAIS DE QUE É HORA DE BUSCAR AJUDA

É fundamental reconhecer os sinais de que é hora de buscar ajuda de um profissional de saúde mental. A psicanalista destaca que alguns desses sinais incluem mudança na qualidade das relações interpessoais do sujeito, desencadeando, recorrentemente, conflitos com amigos, familiares ou colegas de trabalho.

“O quadro também poderá refletir na queda significativa do desempenho acadêmico ou profissional, com dificuldade em manter o foco ou motivação, ou poderá ocasionar problemas de concentração”, explica.

Além disso, ela ressalta que é comum haver a queixa dos pacientes em virtude do aparecimento de sintomas físicos, como dores de cabeça, distúrbios do sono, problemas gastrointestinais, entre outros. 

“Padrão de pensamentos disfuncionais que persistem por semanas ou meses e que começam a afetar significativamente a qualidade de vida do indivíduo, culminando em mudanças no comportamento notáveis, como o isolamento social, aumento do uso de substâncias, agressividade, desinteresse por atividades anteriormente apreciadas ou flutuações extremas de humor”, completa.

Entre outros sinais, esse indivíduo pode encontrar-se experimentando o surgimento e a frequência constante da presença de pensamentos de autodestruição e autolesão. E, isso, por si só, fala de uma urgência na busca por ajuda.

Perceber-se em ansiedade excessiva, com preocupações constantes, ataques de pânico ou medos irracionais, com alterações significativas no peso corporal ou hábitos alimentares ou tendo pensamentos obsessivos ou comportamentos compulsivos que interferem nas atividades diárias, como a perda de conexão com a realidade, experimentando alucinações ou delírios, é altamente recomendável buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo, psicanalista ou psiquiatra.

TABUS EM PALESTRAS SOBRE SAÚDE MENTAL 

Durante as palestras de Layse Dantas, é importante abordar o tema da saúde mental com sensibilidade e respeito. Evitar romantizar ou sensationalizar o suicídio é crucial, bem como não incluir detalhes gráficos de métodos de suicídio. É essencial promover o diálogo aberto, a empatia e o acesso a recursos de apoio, mantendo o foco na prevenção e no apoio às pessoas que enfrentam dificuldades.

“O objetivo é fomentar nas pessoas como reconhecer os sinais de alerta, apoiar aqueles que estão lutando e desenvolver e exercitar uma atmosfera de compreensão e aceitação em relação à saúde mental. Evitar generalizações simplistas sobre as causas do suicídio, pois trata-se de uma questão complexa e multifacetada e evitar culpar pessoas que conheciam alguém que tirou a própria vida. Isso não ajuda e pode aumentar o estigma em torno do assunto”, disse Layse.

DICAS PARA CUIDAR DA SAÚDE MENTAL

Finalmente, algumas dicas para cuidar da saúde mental incluem:

– Procurar ajuda profissional quando necessário.

– Manter conexões com amigos e familiares.

– Manter um estilo de vida saudável.

– Gerenciar o estresse com técnicas de relaxamento.

– Estabelecer limites e aprender a dizer “não”.

– Evitar o uso ou abuso de substâncias prejudiciais.

Lembre-se de que buscar ajuda profissional não é um sinal de fraqueza, mas sim de autocuidado. Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física.