Bancos e seguradoras permanecem sem oferecer empréstimos consignados para os servidores públicos estaduais. A suspensão ocorreu em outubro de 2016, após o anúncio do parcelamento dos salários dos funcionários públicos do Estado e a falta de repasses para as instituições financeiras conveniadas com o Governo de Roraima. À época, apenas o Banco do Brasil e a Caixa Econômica realizavam o crédito.
A Folha percorreu alguns locais que ofereciam o empréstimo para saber se a situação já havia sido resolvida. No entanto, nada mudou. Na seguradora Pan Seguros, que pertencia ao grupo Pan-Americano e hoje faz parte da Caixa Econômica Federal e do grupo BTG Pactual, as consignações estão voltadas apenas aos servidores federais, militares do Exército e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Seguindo o mesmo caminho, a corretora Tafra permanece com o empréstimo suspenso aos servidores estaduais, efetuando o procedimento apenas aos servidores federais e pensionistas do INSS. A servidora que atendeu a equipe, e que preferiu não ser identificada, confirmou que a operação está suspensa há quase dois anos e que não há previsão de retorno para os atendimentos dos trabalhadores estaduais.
No banco Agiplan, o contrato de empréstimo também está suspenso há quase dois anos em razão da falta de pagamento por parte do Governo. No banco, a única operação disponível aos servidores estaduais é a Consignação em Folha, que se resume ao desconto mensal efetuado no contracheque do servidor ativo, aposentado ou pensionista.
Um servidor público, que preferiu não ser identificado, está há mais de um ano tentando renovar o contrato com o consignado. No entanto, foi informado que, em virtude da falta de repasse por parte do Governo do Estado, as renovações e novos contratos continuam suspensos, sem previsão de novas adesões. “No meu contracheque sempre foi descontado o valor da parcela e nunca deixei de quitar nenhuma dívida junto ao Banco do Brasil, mas os servidores estaduais ficaram prejudicados por conta deste repasse por parte do executivo”, lamentou.
BANCOS – Em nota, a Caixa Econômica Federal se limitou a informar que o contrato encontra-se em fase de negociação para regularização, após breve período de suspensão. O Banco do Brasil não retornou o contato.
GOVERNO – O Governo foi procurado pela equipe para tratar da situação, mas até o fechamento desta matéria a Folha não obteve resposta. (A.G.G)