Comunidades indígenas de Uiramutã registraram uma inédita chuva de granizo na tarde de domingo (15), informou a Defesa Civil Municipal. O meteorologista Ramón Alves explicou a razão pela qual o fenômeno ocorre.
O especialista esclareceu que toda nuvem do tipo cumulonimbus, caracterizada por seu grande desenvolvimento em linha vertical e associada a tempestades, possui granizo em seu interior e são bastante semelhantes às nuvens normais.
“Quando se tem tempestade assim, bastante intensa, existe sim a possibilidade, sim, de cair granizo porque os movimentos ascendentes que ocorrem dentro da nuvem levam a água um pouco mais pra cima e depois os movimentos descendentes e isso ocorre em questão de segundos dentro da nuvem”, completou.
“Tem determinado momento que o granizo vai ficando um pouco pesado. A corrente de ar já não consegue levantar mais novamente pro topo da nuvem essa água em estado sólido, mas sim, toda nuvem cumulonimbus tem granizo dentro. Vai depender da intensidade dessas tempestades”, disse Alves.
Estragos da tempestade
Na comunidade indígena Flexal, a tempestade acompanhada de granizo destruiu um espaço coberto e danificou parcialmente a cobertura da Casa de Apoio Indígena. “Ainda bem que não havia crianças aqui. [A tempestade] arrancou tudo, pessoal”, disse um morador, em vídeo. Além disso, a ventania arrastou algumas telhas da escola estadual Tuxaua Pedro Barbosa.
Vídeos também flagraram o momento da chuva de granizo nas comunidades Monte Moriá 2 e Santa Creuza. As pequenas bolas de gelo se assemelham ao formato de bolas de gude. “Isso aconteceu em torno de quatro ou cinco comunidades. Foi tranquilo, não houve danos do granizo, mas isso nunca tinha acontecido aqui e muita gente ficou assustada ao ver gelo cair na tempreratura que a gente está”, disse o coordenador municipal Julimar Sena.
