A Câmara Municipal de Rorainópolis aprovou, por unanimidade, a sustação do corte no reajuste salarial de 33,23% dos professores municipais. Dos 13 vereadores, apenas Leocádio Rodrigues não estava presente na sessão ordinária da noite dessa quarta-feira (18).
Após assumir a cidade, o prefeito Pinto do Equador (Republicanos) pagou o vencimento da categoria, referente ao mês de setembro, mas sem o acréscimo pago desde 2022. A crise no segundo maior Município de Roraima foi o motivo apontado para a decisão. Professores chegaram a ter mais de R$ 1 mil retirado dos seus salários.
“Agora os professores irão receber os 33% normalmente, porque o Município tem condições, sim, porque o reajuste já havia sido pago há 20 meses. Então não foi algo novo. Se o prefeito continuar a tirar os 33%, ele tem que provar que o Município não tem condições”, declarou o vereador Marcinho Alves (União Brasil), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação.
A Folha não conseguiu contato com o prefeito de Rorainópolis. No último dia 9, o político assumiu a cidade após Leandro Pereira (Republicanos) renunciar ao cargo, em meio à crise generalizada no Município e a denúncias de irregularidades, como o atraso no pagamento de salários dos servidores e o desvio milionário do combate à Covid-19. O novo prefeito decretou calamidade pública administrativa por 180 dias e o ato foi reconhecido pelos deputados estaduais de Roraima.
