EL NIÑO

Femarh autoriza barreiras sem vegetação para ajudar no combate de queimadas

Corredores sem vegetação funcionam como barreira natural que impede a transposição das chamas.

As queimadas no lavrado são recorrentes em Roraima. (Foto: Arquivo FolhaBV)
As queimadas no lavrado são recorrentes em Roraima. (Foto: Arquivo FolhaBV)

Em meio ao período de estiagem, a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) de Roraima autorizou a construção de aceiros nas propriedades, pastagens e nas divisórias de estradas rodoviárias do estado. O anúncio oficial foi realizado pelas redes sociais da entidade.

Os aceiros, estrategicamente concebidos, são corredores desprovidos de vegetação, funcionando como barreiras naturais que impedem o avanço das chamas. Esta técnica, amplamente utilizada em manejo florestal, tem como objetivo principal limitar a propagação dos incêndios.

O fenômeno climático El Niño, conhecido por alterar padrões climáticos e intensificar períodos de estiagem, foi um dos motivadores para essa decisão da Femarh. Atualmente, Roraima enfrenta um período seco, condição que potencializa a ocorrência de incêndios florestais.

A fundação estabeleceu diretrizes específicas para a implementação dos aceiros. Recomenda-se que sejam construídos em ambos os lados das cercas e que possuam uma largura variável entre 2 e 4 metros, ou uma proporção de 2,5 vezes a altura da vegetação local.

Entretanto, para áreas mais sensíveis, as orientações são diferentes. Em divisas localizadas em Unidades de Conservação, o aceiro deve possuir uma largura de 10 metros. Já em divisas de Áreas de Preservação Permanente (APPs), a faixa recomendada é de 6 metros.

Além disso, a Femarh ressalta a importância da mecanização no processo de abertura dos aceiros, garantindo uma maior eficácia e precisão. Após a implementação, é fundamental que a fundação seja informada para devido acompanhamento.