ECONOMIA

Haddad anuncia Indicações para diretorias do Banco Central; conheça os nomes

Próxima etapa é a aprovação dos nomes tanto pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado quanto pelo Plenário da Casa.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou os nomes dos indicados para duas diretorias do Banco Central (BC). Paulo Picchetti, professor da FGV, foi indicado para a diretoria de Assuntos Internacionais, enquanto Rodrigo Alves Teixeira, servidor de carreira, foi nomeado para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Conforme destacou Haddad, as indicações serão encaminhadas ao Senado ainda hoje. Vale lembrar que, antes de assumirem os cargos, os indicados passarão por uma sabatina e deverão ser aprovados pela Casa Alta.

Em declaração, o ministro comentou sobre a recente reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na qual apresentou as sugestões.

“Utilizei a semana passada para conversar com [Rodrigo] Pacheco e Roberto Campos Neto, por uma questão de liturgia, para que eles fizessem suas considerações sobre as pessoas indicadas pelo presidente por meu intermédio. Estou extremamente gratificado de ter sido o mediador desses nomes, que vão dar muita contribuição para a população.”

Os diretores indicados substituirão Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais, e Mauricio Moura, de Relacionamento, cujos mandatos encerram-se em 31 de dezembro. Vale destacar que os diretores que sairão do BC defendiam uma postura mais rígida quanto aos juros, tendo votado por uma redução menor da taxa Selic na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom).

Em meio às mudanças, os primeiros indicados pelo governo, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, já haviam votado por um corte mais expressivo na Selic, que resultou em uma queda de 0,5 ponto percentual.

Nos primeiros meses do terceiro mandato de Lula, o BC foi amplamente criticado pelo Executivo e sua base aliada devido à sua política monetária considerada restritiva.

Agora, com as novas indicações feitas por Haddad, a próxima etapa é a aprovação dos nomes tanto pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado quanto pelo Plenário da Casa. A expectativa é que a aprovação ocorra ainda neste ano, permitindo que os novos diretores participem da primeira reunião do Copom em 30 e 31 de 2024.