Usado há séculos na medicina tradicional asiática, o cogumelo juba de leão ganhou destaque recentemente após a modelo Gisele Bündchen mencionar em seu Instagram, nesta segunda-feira (23), que tem utilizado o composto para auxiliar na concentração e no aumento de energia. No entanto, é importante ressaltar que o post da modelo foi parte de uma ação publicitária para uma empresa de suplementos americana.
Estudos, principalmente conduzidos em animais, têm buscado compreender melhor os benefícios desse cogumelo para o cérebro. Uma das pesquisas mais recentes, publicada no Journal of Neurochemistry em fevereiro de 2023, mostrou que o composto ativo do cogumelo impactou significativamente o crescimento das células cerebrais, contribuindo para a melhoria da memória.
Os resultados revelaram que os ativos promovem projeções de neurônios, com aplicações que “podem tratar e proteger contra distúrbios cognitivos neurodegenerativos, como Alzheimer”.
Além disso, outros estudos em animais evidenciaram que o extrato de juba de leão pode auxiliar no alívio de sintomas leves de ansiedade e depressão. O composto contribuiu para regenerar as células cerebrais e otimizar o funcionamento do hipocampo, região do cérebro responsável pelo processamento de memórias e respostas emocionais.
O que diz a Anvisa
Apesar das pesquisas promissoras, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacou que o “cogumelo juba de leão não possui autorização como novo alimento e nem novo ingrediente na categoria de suplemento alimentar”.
A agência também esclareceu que são excluídos da categoria de alimentos os “produtos com finalidade medicamentosa ou terapêutica”, de acordo com a legislação em vigor (Decreto Lei nº 986/1969).
A Anvisa é responsável por avaliar a segurança de novos alimentos ou ingredientes, levando em consideração o processo de fabricação, potenciais substâncias danosas à saúde e se as indicações de consumo são consideradas seguras.