ÀS ESCURAS

Caroebe tem apagão geral por sete horas

Houve moradora que colocou uma fralda de pano molhada para aliviar o calor do filho de seis anos de idade. Roraima Energia esclareceu o motivo

Corpo foi encontrado na Vicinal 7, km 30, no Caroebe (Foto: Divulgação)
Corpo foi encontrado na Vicinal 7, km 30, no Caroebe (Foto: Divulgação)

O Município de Caroebe, no Sul de Roraima, sofreu um novo apagão geral nessa terça-feira (31). O blecaute iniciou por volta das 18h e a energia só foi restabelecida às 1h45 desta quarta-feira (1º). O rompimento do cabo da rede próximo à vicinal 30 foi o motivo da interrupção no fornecimento, informou a Roraima Energia.

“As equipes de manutenção foram acionadas imediatamente, mas devido a complexidade, a recomposição total do fornecimento só ocorreu às 1h45 de hoje”, completou, em nota. A concessionária, no entanto, não comentou a cobrança dos moradores por melhorias na rede elétrica na cidade.

Reclamações

A servidora pública Rosimeiri Almeida, de 34 anos, e o assistente administrativo João Henrique de Souza Almeida, 38, lembraram que a falta de energia do Município é constante. “É uma falta de respeito com os pais e mães de família que têm filhos pequenos, pessoas idosas e doentes, comerciantes, trabalhadores que têm grandes prejuízos com a perda de suas mercadorias”, desabafou Rosimeiri.

“Pago R$ 1,2 mil de energia e não a temos praticamente. Todo dia falta energia e passa a noite toda sem. Fora os eletrodomésticos que queimam. Está muito fora do normal”, enfatizou a agente comunitária de saúde Iris Freitas, 40.

A contadora Núbia Torres, 30, revelou que precisa usar uma fralda de pano molhada para aliviar o calor do filho de seis anos de idade. Para ela, a insegurança elétrica é um “descaso” com a cidade.

“Tudo isso porque a rede está velha e eles não trocam, fora que a manutenção é de péssima qualidade e as contas estão cada vez mais altas. Todos aqui estão revoltados em passar noites e noites no calor e com ferradas de carapanã”, lamentou ela, que também tem um sítio na zona rural, onde o problema costuma ser pior.