DETIDA EM DELEGACIA

Filha de cozinheira de RR presa em garimpo da Venezuela diz que mãe está sem comer na prisão

Ela foi localizada com outros três brasileiros na pista de pouso do Taboca, na fronteira com o Brasil por Roraima

Amazonense Clarice Teixeira da Gama, de 55 anos, e vivia em Roraima há mais de 30 anos (Foto: Divulgação)
Amazonense Clarice Teixeira da Gama, de 55 anos, e vivia em Roraima há mais de 30 anos (Foto: Divulgação)

A Guarda Bolivariana da Venezuela prendeu na quinta-feira (2) quatro brasileiros na pista de pouso de uma região de garimpo conhecida como Taboca, na fronteira com o Brasil por Roraima. Entre eles, está a cozinheira Clarice Teixeira da Gama, de 55 anos, que estava há um mês na localidade. Ela foi levada para uma delegacia de Puerto Ayacucho, capital do estado venezuelano Amazonas.

Uma guarda emprestou o celular para Clarice, que teve um rápido contato por mensagens de áudio com a filha, a microempresária Thais Teixeira Arruda, 29. A cozinheira informou que, em até quatro dias, pode ser encaminhada para uma penitenciária feminina, porque o local não teria cela para mulher.

“Ela está tipo numa delegacia, está sem comer, a polícia está com celular dela e usando, pois eles entram no WhatsApp e na rede social dela. Com ela, não foi encontrado nenhum material. Estamos preocupados com ela”, relatou Thais à Folha.

A família ainda não contatou as autoridades brasileiras sobre o caso. A reportagem, por sua vez, informou a situação ao Ministério das Relações Exteriores e aguarda retorno.

O coordenador de articulação política do Movimento Garimpo É Legal, Jailson Mesquita, prometeu pedir ajuda da classe política roraimense e procurar a embaixada venezuelana. “Lá tá complicado, porque levaram ela e estão falando que tem que dar dois quilos de ouro pra ela e tem que pagar uma alimentação”, disse Mesquita.

Brasileiros presos na Venezuela em região de garimpo (Foto: DIvulgação)

Ainda não informações sobre a identidade dos outros três detentos, mas uma foto mostra Clarice e os homens detidos, além de dois militares venezuelanos, todos com o rosto coberto.