O estado de Roraima e o país da Guiana se reuniram nessa segunda-feira (06) para tratar as últimas ações para combate à Dengue tipo 3, que está em alerta na fronteira, entre Bonfim e Lethem. O encontro contou com representantes da Secretaria de Saúde (Sesau) e autoridades do país fronteiriço.
Desde agosto, quando foi confirmado dois casos da doença no território brasileiro, a região fronteiriça está em alerta. De acordo com a Sesau, os dois países vêm realizando uma série de ações que visam evitar um colapso na rede pública de saúde roraimense.
“As ações são de suma importância para o controle [da doença] e evitar uma epidemia de dengue no nosso Estado, principalmente em Bonfim. Com isso, será possível fazer o controle vetorial, para reduzir ou evitar um aumento de casos na cidade de fronteira, bem como realizar o atendimento dos pacientes de forma oportuna”, afirmou a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde, Valdirene Oliveira.
As ações são desenvolvidas entre a Sesau, o município de Bonfim e a cidade de Lethem. Com isso, nas reuniões com entre as autoridades de saúde ficou pactuada a realização de nebulização por meio de “carro fumacê”, nos períodos de 31/10/2023 a 03/11/2023 e 07 a 10 deste mês.
A execução da ação visa fortalecer a capacidade operacional do controle vetorial da equipe de endemias da cidade de Lethem para o bloqueio de transmissão da doença. Também foi confirmada a realização de atividade de capacitação e organização das Unidades de Saúde do município e Hospital Pedro Álvaro Rodrigues com intuito de reforçar o potencial de atendimento das demandas das duas cidades.
Casos em Roraima
Segundo dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aaedes aegypti), realizado entre 25 a 29 de setembro de 2023, Caracaraí (4,4%) e Cantá (6,2%) foram os municípios que apresentaram alto risco de transmissão para as arboviroses. Apresentaram médio risco os municípios de Alto Alegre (3,4%), Boa Vista (1,3%), Bonfim (2,1%), Iracema (2,1%), Mucajaí (3,2%), Pacaraima (1,7%), Rorainópolis (3,3%) e São Luiz (1,8%).
Já os municípios que apresentaram baixo risco foram: Amajari (0,4%), Caroebe (0,8%), São João da Baliza (0,9%) e Uiramutã (0,9%). A cidade de Normandia foi a única que não realizou o levantamento.
