Saúde e Bem-estar

Andar de mãos dadas é bom para a saúde. Conheça 8 benefícios desse gesto de carinho

Quando estamos namorando, costumamos segurar as mãos da outra pessoa. Até aí, nada de novo. Mas, você sabia que isso traz muitos benefícios? Conheça os oito pontos positivos mais surpreendentes!

1. Combate o estresse
Aparentemente, segurar a mão de outra pessoa tem o efeito de reduzir o nível de cortisol no corpo e, dessa maneira, diminuir o estresse. Na verdade, uma ligeira pressão sobre as nossas terminações nervosas (encontrada principalmente nas mãos e nos dedos) já é o suficiente para reduzir o estresse!

2. Preserva o coração
Andar de mãos dadas é bom para o coração, literal e figurativamente. Isso, porque, segurar a mão de seu companheiro ajuda a baixar a pressão arterial e, assim, protege o coração contra o risco de doenças cardíacas. É o contato da palma da mão da outra pessoa e o calor recebido que produz uma sensação de conforto benéfico.

3. Mantém a chama do amor
Segurar as mãos ajuda a produzir oxitocina, o hormônio do amor! Ele normalmente já é liberado em uma interação amorosa, mas o contato das mãos reforça o sentimento de amor que une um casal ao longo do tempo.

4. É também uma fonte de força e resistência
Quando pensamos em uma mulher dando à luz, sempre nos vem à cabeça a imagem dela segurando a mão de seu companheiro, para ganhar coragem. Segurar as mãos com firmeza transmite confiança, é automático! Faça o teste quando for tirar sangue, por exemplo…

5. Nos mantêm aquecidos quando está frio
Perdemos uma grande quantidade de calor pelas extremidades e, obviamente, segurar a mão do ser amado nos ajuda a esquentar! Nem mesmo um bom par de luvas é capaz de fornecer uma sensação de calor tão reconfortante. Único inconveniente: é difícil para caminhar e segurar as duas mãos ao mesmo tempo.

6. Aumenta a sensação de segurança
Segurar firmemente a mão de outra pessoa transmite uma sensação reconfortante imediata. Quem nunca precisou de uma mão para evitar uma queda, ou para tranquilizar-nos em uma cena assustadora de filme de terror?

7. Ajuda a avançar
Segurar a mão de alguém nos permite seguir em frente, porque isso nos proporciona a segurança e o impulso para continuar. Seguramos a mão das crianças para ensiná-las a andar ou para atravessar a rua. O mesmo acontece na fase adulta, quando precisamos nos encher de coragem.

8. E, é claro, é uma boa alternativa ao “eu te amo”
Quando um casal está junto há muito tempo, as manifestações de amor são cada vez menos constantes. Assim, segurar a mão do companheiro é uma boa maneira de demonstrar amor, mas sem dizer nenhuma palavra.

 

Longe e perto
Psicanalista fala sobre o gesto de andar de mãos dadas

Dez minutos esperando minha filha no portão da escola. As vozes das crianças que acabam de sair da aula de canto aquecem a noite chuvosa de São Paulo, elas descem a rampinha vermelha carregando na mochila o cansaço do dia. Já são quase nove da noite. Lara é uma das últimas a cruzar o portão, engatou uma conversa que de onde a observo parece interessante o suficiente para lhe fazer ignorar minha presença. Passa direto, beija e abraça a amiga despedindo-se, e já na rua olha para trás. “Vem mãe!”.

Alguns metros de silêncio depois, ela segura a minha mão e segue o monólogo sobre o coral, o lanche, o trabalho de inglês, os amigos. “Cantamos aquela música que você gosta”. “A fila hoje estava gigantesca”. “Parece que não fui tão bem”. “Fulano isso, fulana aquilo”.

Fiquei enternecida. Desde que tinha uns 10 anos não é afeita a mãos dadas. Nunca chegou a verbalizar, mas se eu me distraio e a seguro, ela arranja algum cabelo para ser posto atrás da orelha, alguma coceirinha no rosto ou qualquer coisa que valha para livra-se do entrelaçar de dedos.

Até que assim, numa noite de coral, 12 anos recém-completados como se nada fosse… Penso que o crescimento é feito dessas pequenas idas e vindas. Saber que posso ir para só então querer voltar. E, quão significativo é o gesto das mãos dadas. Um abraço em miniatura.

Um quilômetro separa a escola de nossa casa. Duas quadras, um shopping atravessado no meio do caminho, mais três quadras. Foi só o tempo de contar as novidades e o aconchego já era o suficiente para a minha menina. Passada a primeira vitrine do shopping, já soltou a mão, mexeu no cabelo. De lá até em casa reassumiu a postura adolescente, aquela que guarda uma certa distância de qualquer pessoa que já tenha passado dos 18.

Segui observando-a até o elevador de nosso prédio (como está grande a minha filha), quando ela apertou minha bochecha e disse estar morta de fome. Entrou e seguiu direto para o quarto, e o celular na mão.

“Mãe, tu faz um ovinho pra mim?”
“Eu não, o jantar já está pronto”
“Por favor, te dou um abraço”
Faço, claro que faço. E sim, sigo aqui, mãos disponíveis sempre que você procurar.