Polícia

Padrasto poderá responder por negligência

Ele teria deixado a arma carregada em casa; enteado matou irmã com tiro no olho

O padrasto do menor indígena que atingiu a irmã, de 18 anos, com um tiro de espingarda pode responder por negligência, segundo o presidente da Associação de Conselheiros Tutelares e Ex-conselheiros do Estado de Roraima (ACT), Adiuilson Ribeiro. O caso aconteceu na segunda-feira passada, 12, na comunidade Indígena Taba Lascada, no município do Cantá.
De acordo com o conselheiro, o padrasto teria saído para trabalhar e deixoua espingarda carregada pendurada em um pedaço de madeira do teto de casa. O garoto, de 12 anos, pegou a arma e puxou o gatilho sem saber que estava carregada.
O conselheiro tutelar João Kennedy da Silva relatou que a criança ficou muito abalada após o episódio trágico que ocasionou a morte de sua irmã, que tinha 18 anos de idade. “O menor de idade está psicologicamente muito abalado com o que aconteceu, por isso nós, do Conselho juntamente com a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), acompanharemos o caso de perto”. Ele explicou que o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, preconiza o amparo psicológico da criança e da família.
Ele relatou que no dia da fatalidade, a Polícia Militar atendeu a ocorrência e colheu as declarações da mãe do menor e do padrasto. Após os procedimentos de praxe, a Polícia Civil ficou à frente das investigações e avaliará se o padrasto, dono da espingarda, sofrerá algum tipo de sanção da justiça. “Não posso afirmar com certeza, isso caberá à polícia esclarecer e se for o caso, responsabilizar por negligência o padrasto”, frisou. (T.C)