OPINIÃO

Ação para o bem

A partir do momento que a consciência humana desperta para o bem como o caminho para a vida, há a necessidade de testemunhar na prática sua vivência. Sair do palavrório retumbante para a ação da caridade, em especial nos gestos discretos que não exigem divulgação ou publicidade. É estar de bem consigo mesmo, sem despertar atenção vazia ou superficial. Por meio da ação há a frutificação do ser no mundo, com resultados que beneficiam tanto o ambiente externo quanto a si mesmo. Cabe a cada um, a autonomia e a proatividade em fazer o bem que gostaria que fizessem para ele. É a vivência de Jesus Cristo tanto em seu coração e mente, quanto para o mundo.

O mestre Nazareno deixou autêntico legado de felicidade e de uma vida bem vivida. Sem depender da falsidade da matéria ou até mesmo do poder passageiro do dinheiro, da fama ou de cargos. O fundamental é a caminhada ante o progresso do indivíduo, a paz de espírito, a amizade sincera, o amor benquisto que enriquece de maneira atemporal seus benfeitores. Mais vale amar e perdoar para ser feliz do que colocar a felicidade nas posses materiais e no poder. O verbo ser é a conjugação do indivíduo pleno de suas responsabilidades e potenciais. Já os que se acercam do vazio interior, buscam a plenitude exterior da posse e do verbo ter.

Quem age para o bem consegue amenizar a secura interna e a curar as feridas d’alma que tanta intranquilidade traz para os que ainda carecem de um abrigo dentro de si. A caridade como a provisão bendita que mata a sede e a fome do amor de Deus.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.