Cotidiano

Preço da carne subirá 7% na segunda-feira

Pecuaristas justificam que estão produzindo menos ainda por causa do forte verão e que, em contrapartida, aumentou a procura pela carne bovina

A partir de segunda-feira, dia 8, o consumidor roraimense irá pagar mais caro pela carne bovina. O preço do produto sofrerá reajuste de 7%. Conforme o presidente da Cooperativa dos Produtores de Carne de Roraima (Coopercarne), Disney Mesquita, o preço subiu devido à baixa oferta e à alta procura pelo produto. “Os pecuaristas estão produzindo menos, pois há cerca de um ano tivemos um verão rigoroso e isso impediu que o boi engordasse. Estamos sofrendo as consequências agora”, justificou.
O Estado do Amazonas é o maior comprador da carne bovina produzida em Roraima. Mas, no mês de setembro, o Estado vizinho ficará sem o fornecimento do produto porque ainda não foi produzida carne em quantidade suficiente para exportação. “Ainda não produzimos nem a carne para o nosso consumo, então não temos conduções de exportar este mês”, frisou Mesquita.
O presidente da Coopercarne destacou que o reajuste anunciado é uma tendência nacional. “O preço da carne subiu em todo o país. As vendas estão aquecidas, mas a produção está baixa. O reajuste sofrido em Roraima é o menor, não sei precisar, mas em outros estados esta percentagem é maior”, disse.
AÇOUGUES – Percorrendo os estabelecimentos que vendem carne, a Folha comparou o preço do produto em supermercados das zonas Leste e Oeste. Em um supermercado localizado na avenida Mário Homem de Melo, no bairro Tancredo Neves, zona Oeste, o quilo da picanha está custando R$27,95 e o da costela dianteira R$8,55. Com o reajuste que entrará em vigor na próxima semana a picanha e a costela dianteira irão custar R$29,90 e R$9,14, respectivamente.
Em um supermercado localizado na avenida Capitão Júlio Bezerra, no bairro São Francisco, zona Norte, a costela dianteira custa R$7,30 e a picanha R$37,84. Com o reajuste, esses tipos de carne irão custar R$7,81e R$40,48, respectivamente.
Para a professora Maria do Carmo, o reajuste é incitável. “Já pagamos tanto imposto em tudo e, hoje em dia, com a inflação, as coisas são tão caras, isso é um absurdo. Mas não temos para onde correr, o jeito é aceitar essa situação”, disse.