BOA VISTA

Sindicatos da Saúde anunciam greve para pressionar prefeito a corrigir PCCR

Categoria reivindica, por exemplo, o pagamento do novo piso salarial da Enfermagem e o tratamento igualitário entre os profissionais da Saúde

Protesto organizado por profissionais da Enfermagem (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Protesto organizado por profissionais da Enfermagem (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Seis dos sete sindicatos que representam profissionais da Saúde municipal de Boa Vista anunciaram que vão entrar em greve a partir de 1º de dezembro. A ideia é pressionar o prefeito Arthur Henrique (MDB) a incluir demandas não atendidas e retirar possíveis trechos prejudiciais previstos na prévia do novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da categoria.

A decisão foi aprovada em assembleia de cada entidade sindical. Segundo a presidente do Sintras-RR (Sindicato dos Trabalhadores de Saúde), Maceli de Souza Carvalho, a greve foi o último meio para expor a insatisfação da categoria com a falta de diálogo direto com Arthur. “A proposta que tem prejudica a carreira dos trabalhadores de Saúde do Município”, disse.

Em geral, a categoria reivindica:

  • Gratificação por qualificação para todos os níveis de trabalhadores e adequada à realidade salarial do servidor na carreira (contrapondo à proposta da Prefeitura para conceder o benefício apenas aos servidores de nível Superior em relação ao salário inicial);
  • Pagamento do novo piso da Enfermagem, somado ao reajuste salarial anual corrigido pela inflação;
  • Tratamento igualitário entre os profissionais da Saúde, ao conceder reposição de salário;
  • Gratificações que não contemplam farmacêuticos na minuta do PCCR.

Maceli citou que a minuta do PCCR ainda desrespeita o tempo de serviço dos profissionais e o tempo adquirido para promoção e progressão na categoria.

“O PCCR não melhora em nada a nossa vida e ainda tem coisas que nos prejudicam”, enfatizou Maria de La Paz, presidente em exercício do Sindprer (Sindicato dos Profissionais de Enfermagem), que explicou que 30% de categoria vai seguir trabalhando durante a greve – exceto os setores de urgência e emergência, que terão metade dos trabalhadores em atividade.

Procurada, a Prefeitura ainda não enviou à Folha resposta sobre o assunto.