IMUNODEFICIÊNCIA

Roraima tem a segunda maior incidência de HIV do Brasil

O estado também registra alto índice na taxa de detecção de aids entre menores de 5 anos e na mortalidade pela doença nos últimos 10 anos

Dia Mundial de Luta contra a Aids é lembrado neste sábado (02). (Foto: Divulgação)
Dia Mundial de Luta contra a Aids é lembrado neste sábado (02). (Foto: Divulgação)

O estado de Roraima tem a segunda maior incidência de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) do Brasil, com uma taxa de 40,7% em 10 anos. O dado é do Ministério da Saúde (MS) com divulgação do Brasil em Mapas, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado neste sábado (02).

Conforme o Brasil em Mapas, a maior incidência de HIV está no Amazonas com uma taxa de 52,2. Em seguida está Roraima e depois o Amapá (38,1).

Isso representa que, na análise de 2012 a 2022, a taxa de detecção de casos de HIV aumentou 8%, 21,1% e 12,1%, respectivamente, nestes estados. Ou seja, Roraima foi um dos estados que mais registrou aumento de casos de pessoas com o vírus na região Norte.

Além disso, de acordo com o Boletim Epidemiológico 2023 de HIV e Aids, do Ministério da Saúde, o estado também registra alto índice na taxa de detecção de aids entre menores de 5 anos (4,8 casos por 100 mil habitantes, em 2022) e na mortalidade pela doença nos últimos 10 anos, que cresceu 55%.

Declínio no país

A doença segue em declínio no Brasil. Segundo o MS, nos últimos dez anos, o país registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012.

O mesmo aconteceu em casos de HIV que evoluíram para aids, onde registrou redução na taxa de 21,6 de 2012 para 17,1 de detecção. Ainda, a detecção da doença em crianças declinou 55,9% (3,4 para 1,5 casos) e 3,1 gestantes, por 1.000 nascidos vivos (NV).

Prevenção

Sífilis, HIV, Hepatite B e C são doenças virais detectáveis por meio dos testes rápidos. (Foto: reprodução/SEMUC)

Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP, método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. No entanto, o uso do preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Em Boa Vista, desde agosto deste ano, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) contam com testes rápidos para detecção e prevenção de doenças viriais, como Sífilis, HIV, Hepatite B e C. Os testes imunocromatográficos são feitos com amostra de sangue, rápido e de forma sigilosa.