Será que a Constelação Familiar é a resposta para resolver conflitos familiares e emocionais? A prática, amplamente utilizada como método terapêutico, é alvo de diversas críticas por não conter um respaldo científico. Em entrevista à FolhaBV, a neuropsicóloga Júlia Arnold (CRP 20/8833) alertou sobre os riscos dessa pseudociência.
Mesmo sem aval dos conselhos de psicologia, a prática se autodenomina uma espécie de terapia e é popularmente conhecida por usar subjetividades espirituais e metafísicas para supostamente encontrar a razão e solução dos conflitos.
Júlia alerta que a pseudociência em questão pode acessar memórias e temas sensíveis, mas não possui nenhuma garantia de resolução.
“Existem riscos significativos ao lidar com questões tão sensíveis sem base científica. Sem um código de ética específico e regulamentação, a prática acaba entrando em territórios delicados”, explicou.
No primeiro semestre deste ano, o Conselho Federal de Psicologia emitiu uma nota técnica, reconhecendo as divergências éticas da Constelação Familiar. Clique aqui e confira.
Por isso, a profissional aproveitou para reforçar a importância de abordagens seguras na saúde mental, e recomendou algumas alternativas seguras.
“Procurar profissionais reconhecidos e regulamentados, como terapeutas, psicólogos e psiquiatras, cujas abordagens têm respaldo científico, garantem um tratamento seguro e ético”, concluiu.