POLÍTICA

Associação Israelita de Boa Vista repudia ato pró-palestina

Asssociação classifica ato como antisemita e antissionista, travestido de defesa do povo palestino.

Associação Israelita de Boa Vista repudia ato pró-palestina

Diante do Ato Unificado Palestina Livre, realizado na última quarta-feira (6), no bairro Cidade Satélite, a Associação Israelita de Boa Vista veio a público repudiar a manifestação por meio de nota.

De acordo com a Associação, o ato se classifica como antisemita e antissionista, travestido de defesa do povo palestino. Confira a nota na íntegra:

“A Associação Israelita de Roraima vem a público repudiar qualquer manifestação antissemita e antissionista, travestida de defesa do povo palestino, que aconteça em nosso estado e no Brasil, pois é incompatível com as democracias do século XXI o absurdo de, ao invés de se defender a coexistência pacífica de dois povos, gritarem-se bordões e palavras de ordem que claramente pedem o fim do Estado judeu e o genocídio de seu povo, o qual contribuiu e contribui para a construção dos valores morais e éticos que adotamos no mundo ocidental. O direito à autodeterminação, as guerras que o povo judeu enfrentou para estabelecer seu próprio estado e todo sacrifício pelo qual passou não podem ser diminuídos ou anulados por quem tenta transformar a guerra ao terrorismo numa mera desavença política.

A insistência de se fomentar uma cultura e um ciclo de ódio, de ignorar as diversas oportunidades articuladas para uma coexistência entre judeus e palestinos visando a formação de dois Estados, é nada além de uma manifestação moderna do ódio nazista que permanece vivo naqueles que não suportam a existência do diferente. Israel não luta hoje contra os palestinos, não busca extermínio algum de qualquer povo. Israel batalha contra terroristas, seres que se despiram da humanidade, criaturas que encontram justificativa para decapitar um bebê de colo, estuprar brutalmente mulheres, arrancar um bebê do ventre de sua mãe e lhe cravar um punhal no peito, além de outras atrocidades.

A obscenidade de se tentar justificar as barbaridades cometidas em sete de outubro deste ano é, na prática, a cristalina exposição de que não há qualquer interesse na paz, mas tão somente no extermínio de mais de nove milhões de judeus que vivem em Israel atualmente. Manifestações vis, como as que têm se espalhado pelo Brasil, mostram-nos que até este conflito de décadas caiu no debate rasteiro da política oportunista, no qual Israel deixa de ser um povo que há milênios luta por sua existência e autodeterminação, e passa a ser classificado como um agente do imperialismo ocidental ou do capitalismo. Quem vive a bradar isso em nossos dias? A mesma grei que se considera tolerante, dona do belo, do justo e do bom, e classifica quem não se alinha consigo de fascista, nazista e genocida.

Não aceitaremos calados e inertes qualquer tipo de comportamento antissemita em solo roraimense, todos os casos serão judicializados e julgados na forma da lei, pois não há espaço num estado democrático de direito para a impunidade daqueles que vivem da propagação do ódio, do terror e da mentira.

Nunca mais!

!עם ישראל חי – Am Israel chai! – O povo de Israel vive!”