Cotidiano

25 toneladas de remédios devem abastecer unidades por 4 meses

Desabastecimento de medicamentos foi atribuído à crescente demanda de pacientes venezuelanos

Vinte e cinco toneladas. Esta foi a quantidade de medicamentos adquiridos pelo Governo do Estado para abastecer as unidades de saúde da capital e do interior. Os remédios foram entregues na tarde de ontem, 26, no depósito anexo ao prédio da Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF), no bairro Buritis. A previsão é de que as unidades sejam abastecidas durante quatro meses. Em condições normais, a mesma quantidade abasteceria o Estado por até seis meses.

Os remédios foram trazidos por meio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). O motivo do desabastecimento das unidades foi atribuído pelo Governo ao aumento em mais de três mil por cento no atendimento a venezuelanos nos hospitais do Estado. Ao todo, o gasto extra foi calculado em R$ 70 milhões.

Durante a entrega dos medicamentos no depósito, a governadora Suely Campos comentou que, de modo geral, as demandas e insumos em relação à saúde tiveram um súbito aumento com a vinda dos imigrantes. Com o abastecimento das unidades previsto para ser iniciado hoje, 27, a governadora esclareceu que o trabalho agora é monitorar as unidades para que não ocorram novos desabastecimentos. A distribuição será feita da maneira tradicional. Por meio de um levantamento de consumo que é enviado mensalmente pelas unidades, o Estado vai realizar o encaminhamento conforme a demanda.

Daqui para frente, a expectativa de Suely é reduzir a entrada de venezuelanos no Estado. “Entendo que temos que cuidar dos que já estão aqui. Se não reduzirmos o ingresso de mais venezuelanos, ficaremos em que situação? Que haja, pelo menos, um rigor em relação à entrada no que diz respeito vacinação e antecedentes criminais. O Estado deve se organizar para então receber os imigrantes e garantir os direitos humanos que merecem”, frisou.

O titular da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Ricardo Lopes, comentou que a equipe está tentando agilizar a compra de medicamentos. “Estamos tentando reduzir os prazos de aquisição. Apesar das exigências, a equipe está focada no trabalho. Sabemos que a população vem sofrendo, mas a saída é continuar unindo forças, assim como ocorreu entre o Estado e a FAB”, finalizou. (A.G.G)