Com o intuito de fiscalizar e proteger a faixa de fronteira roraimense por meio do combate de delitos transfronteiriços e ambientais, a 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª BdaInfSl) deflagrou a Operação Curaretinga XI e intensificou a Operação Controle nesta semana.
Em três dias de trabalho, já foram apreendidos motores, combustível e garrafas de cerveja, além de mais de dez embarcações em regiões de garimpo. Já foram realizadas mais de três mil vistorias em veículos terrestres, inspeções em embarcações e a destruição de seis balsas ‘draga’. Estava prevista para ontem a destruição de pistas de pousos clandestinas.
Desde o início da operação, militares da 1ª BdaInfSl estão distribuídos nas rodovias que ligam a capital aos municípios de Bonfim, Normandia e Pacaraima, realizando Postos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE) 24 horas por dia, fiscalizando veículos e pessoas para coibir crimes e patrulhando os canais dos rios Uraricoera e Mucajaí, tendo em vista o foco no combate à garimpagem ilegal e em ilícitos que possam transitar por via fluvial.
Segundo o tenente coronel da 1ª BdaInfSl, Alyson Mendonça, a intenção do comandante da Brigada, general Dutra, é promover a preservação ambiental, tendo em vista as degradações causadas pelo garimpo. “Maquinários nos terrenos que provocam erosão, o mercúrio que polui o rio, os peixes e toda uma cadeia”, informou. Até o momento, não há um prazo para o término da atuação.
CONTROLE – A respeito da Operação Controle, Alyson Mendonça informou que a intensificação foi planejada para melhorar e aumentar o rigor da fiscalização. Dessa maneira, todas as estradas que entram em território nacional pelo Estado de Roraima contam com a presença do Exército 24 horas por dia. Para a realização das ações, a 1ª Brigada conta com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Junto ao início da Curaretinga XI, o Exército intensificou a Operação Controle que, de forma secundária, também está contribuindo com a Acolhida, operação voltada à questão humanitária junto aos imigrantes venezuelanos. “Quando o imigrante passa pelos postos, buscamos saber o destino já para saber se vão ou não para os abrigos. Se estão em situação irregular, já recebem a orientação de procurar a Polícia Federal”, contou o tenente coronel Alyson Mendonça. A Operação Controle realiza ainda ações cívicas sociais para as comunidades circunvizinhas dos Pelotões Especiais de Fronteira de Surucucu, Auaris e Uiramutã. (A.G.G)