Cotidiano

Programação da campanha Maio Amarelo inicia nesta quarta-feira

Movimento de alerta para sociedade é focado em medidas que possam reduzir os índices de acidentes com mortos e feridos

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran Roraima) lança oficialmente amanhã, 2, a campanha Maio Amarelo de 2018, movimento nacional voltado para a redução do número de mortos e feridos em acidentes. Com o tema “Nós somos o trânsito”, o evento será realizado às 15h, no auditório do Ministério Público Estadual de Roraima (MPRR).

As primeiras atividades consistem em uma blitz próximo ao prédio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na quinta-feira, 3, a partir das 8h30, seguida de uma palestra na instituição às 10h. Na sexta, 4, acontece uma nova blitz, também às 8h30, no cruzamento da Avenida Capitão Júlio Bezerra com a Major Williams. Também está sendo programada a realização de palestras educativas em escolas da Capital e do interior.

O movimento conta com a parceria de órgãos de segurança e trânsito, como a Polícia Militar de Roraima (PMRR), Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran), Guarda Civil Municipal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), das secretarias estaduais de Saúde e Educação, instituições de ensino superior públicas e privadas, além de empresas privadas.

O diretor-presidente do Detran-RR, Titonho Beserra, ressalta que são várias as instituições preocupadas com os índices de trânsito e dos seus impactos nos hospitais e nos centros de recuperação, além do prejuízo pessoal, tanto da pessoa que sofre quanto da pessoa que provoca o acidente. “Como já diz o nome da campanha, o sinal amarelo é de alerta, momento em que a gente precisa chamar a atenção da sociedade e reforçar que este é um problema sério. É preciso mudar a mentalidade no trânsito e o Maio Amarelo tem esse objetivo, de dar essa ‘sacudida’ na sociedade”, afirmou.

MAIO AMARELO – Em maio de 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década de ação para a segurança no trânsito. O amarelo foi escolhido, pois simboliza a atenção e também a sinalização de advertência no semáforo de trânsito. O movimento ressalta que cada cidadão deve participar das ações de conscientização não só no mês de maio, mas, se possível durante o ano inteiro. (P.C.)

477 acidentes de trânsito foram
registrados em janeiro e fevereiro

Dados dos Comandos de Policiamento da Capital e do Interior, da Polícia Militar de Roraima (PMRR), e do Instituto de Medicina Legal (IML) apontam o registro de 477 acidentes de trânsito no Estado somente nos dois primeiros meses do ano. Do total, 22 dos envolvidos vieram a óbito.

No ano passado, durante todo o ano de 2017, foram contabilizados 3.800 acidentes de trânsito. Os veículos que mais se envolveram em acidentes foram os automóveis com 3.244 casos, motocicletas com 1.905 registros e caminhonetes com 960. Dos quase quatro mil acidentes, 148 tiveram mortes, sendo 61 mortes de vítimas em motocicletas, 50 de ocupantes de automóveis, 21 ciclistas e 16 pedestres.

Despesas com acidentes de trânsito
ultrapassam R$ 200 milhões em RR

A Coordenadoria Geral de Estudos Econômicos e Sociais (CGEES) da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan) apresentou relatório sobre os custos com acidentes de trânsito em Roraima. Só no ano passado, as despesas chegaram ao valor de R$ 202 milhões.

Segundo a CGEES, foi necessário avaliar não só os valores oriundos de gastos com a saúde, mas também de resgate às vítimas, danos materiais e patrimoniais, custo com serviços de emergência como as ambulâncias, viaturas policiais e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Além disto, também constam os gastos com previdência social, no caso, quando uma pessoa fica impossibilitada de exercer o seu antigo ofício por invalidez ou quando a vítima vem a óbito.

O resultado final, de cerca de R$ 200 milhões, é superior ao contabilizado no ano anterior, em 2016, quando o custo estimado chegou à R$ 166,91 milhões. Porém, não supera ao ano de 2015, quando o custo foi de R$ 261,72 milhões.

PESQUISA – De acordo com o relatório técnico nº 015/2018, a CGEES levou em consideração a variação anual de óbitos por acidente de trânsito, conforme informações repassadas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Os dados precisaram também ser analisados com os últimos dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que avalia os custos nas rodovias federais, com o custo por unidade de federação segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária e o Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (P.C.)