No último domingo (24), o programa Agenda da Semana recebeu Petita Brasil, representante da Academia Roraimense de Letras, para uma entrevista elucidativa sobre os desafios e as conquistas da instituição ao longo do ano de 2023.
Petita iniciou a conversa abordando os desafios enfrentados pela Academia, especialmente em relação à sua estrutura e à dificuldade de preservar a história de Roraima.
“Não tem sido fácil. Nossa academia tem segurado graças às mãos, força e coragem de nossa presidente. São poucos os que somam para levar à frente esse empenho. Há 11 anos que se buscava junto à Casa Madre Leotávia Zoller, e agora foi concretizado através do governador Antonio Denarium. Mas não é fácil conduzir, até porque não recebemos salário. O salário é a força do trabalho, o amor pela arte, pelas letras e o empenho em segurar, vigiar, fiscalizar nossa história”, destacou Petita.
A representante da Academia também abordou o projeto de restauração do Forte São Joaquim, ressaltando a importância da preservação e pesquisa arqueológica para manter viva a história. Petita expressou sua preocupação com saques e extravios de itens históricos, o que dificulta a manutenção dos registros históricos.
“É necessário que se veja a história mais a fundo. Nós nos debruçamos para preservar e, de repente, se vê as coisas distorcidas”, comentou.
Petita Brasil também apontou a preocupação com os prédios públicos históricos de Roraima, que estariam sendo depredados ao longo do tempo. No entanto, ela mostrou satisfação após o anúncio de que o governador Antonio Denarium iniciaria projetos de restauração das construções.
“Há uma preocupação da nossa presidente e diretoria no que diz respeito a todo o segmento. Mas nós tivemos uma boa notícia e o governador Antonio Denarium disse que o próximo passo é a escola de música e o Teatro Carlos Gomes. São patrimônios que têm que ser preservados. Nós temos sido testemunhas desses patrimônios sendo derrubados, como foi o caso do Hospital Nossa Senhora de Fátima”, afirmou.
Petita também mencionou o projeto de transformar o antigo Hospital em uma escola de enfermagem, apresentado à então governadora Suely Campos antes da demolição da estrutura.