Banhistas cobram guarda-vidas e limpeza

As pessoas que frequentam a Praia da Polar, no bairro Paraviana, zona Norte, não estão satisfeitas com as condições do local. Os banhistas temem pela segurança das crianças dentro da água devido à ausência de guarda-vidas, além da falta de banheiros públicos. Já os vendedores autônomos se queixam da falta de limpeza e do lixo espalhado no local.
A professora Rosângela Rodrigues, que frequenta a Polar há cerca de dez anos, afirma que nunca presenciou um afogamento, mas teme pela segurança das crianças. “Os adultos costumam beber e logo ficam embriagados, por isso acabam não prestando atenção nos filhos. Não podemos contar com a sorte, é necessária a presença de guarda-vidas para garantir que nenhum imprevisto ocorra”, disse.
A professora Arlete Magalhães relatou que já salvou a filha de um afogamento. “Minha filha mais nova sempre foi muito afoita dentro d’água. Em uma ocasião, ela mergulhou em lugar fundo e demorou a subir. Entrei na água de imediato e peguei-a. Por pouco não me afoguei junto. Um guarda-vidas seria essencial nestes momentos”, frisou. 
Outro problema enfrentado por quem vai à praia é a falta de banheiros. “Muitos acabam usando o mato para fazer as suas necessidades ou usam, até mesmo, o rio. Já vi fezes flutuando na água. Soube que a prefeitura havia prometido instalar banheiros químicos, mas até agora nada foi feito. Espero que resolvam este problema, pois esta praia é uma excelente opção de lazer para as famílias boa-vistenses”, disse o auxiliar administrativo Mário Chagas.
O autônomo Gilmar Melo, que possui um bar na praia há mais de 10 anos, relatou que um dos problemas enfrentados por quem trabalha no local é o lixo jogado por frequentadores. “A maioria das pessoas não tem consciência de que o lixo jogado na natureza leva anos para se decompor. Para manter o local limpo, nós coletamos o que foi deixado para trás”, disse.
Segundo ele, a instalação de lixeiras ajudaria a manter o local limpo. “Os banhistas acabam jogando o lixo na água ou na areia, pois não encontram lixeiras. Eu mesmo já comprei umas e coloquei-as na frente do bar para amenizar o problema”.
A vendedora Vânia Mello afirmou que quando vai à praia leva sacolas para guardar as embalagens de tudo o que consome. “Eu não gosto de chegar a uma praia e ver tudo sujo. Nunca deixo nada, nenhuma latinha no chão. Na saída, jogo tudo na lixeira mais próxima”, relatou. 
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação da Prefeitura para pedir informações em relação à limpeza do local, além da falta de guarda-vidas, lixeiras e banheiros, porém não houve retorno até o fechamento da matéria às 19h. (I.S)