EMPREGO

Cinco das 10 profissões que recebem menos no Brasil estão ligadas à educação

Pesquisa indica as ocupações que oferecem os menores rendimentos para profissionais com formação superior


De acordo com uma pesquisa do IBRE, os profissionais que desempenham a função de educadores no nível pré-escolar percebem o salário mais modesto (Foto Raisa Carvalho)
De acordo com uma pesquisa do IBRE, os profissionais que desempenham a função de educadores no nível pré-escolar percebem o salário mais modesto (Foto Raisa Carvalho)

Muitos estudantes universitários optam por um curso superior que resultará em uma carreira profissional confortável, um emprego onde a pessoa trabalhe com paixão e que lhe traga realização profissional. No entanto, há muita gente que escolhe sua profissão por outro motivo: o retorno financeiro. Infelizmente, segundo estudo recente, a opção para receber mais é escolher uma profissão que não esteja ligada à educação.

A informação está de acordo com a 3ª Pesquisa de Empregabilidade realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), unidade da Fundação Getúlio Vargas. O estudo levou em consideração 126 atividades profissionais.

Dentre elas, 10 delas foram identificadas como as que pagam os rendimentos mais baixos para os profissionais formados com ensino superior. Cinco dessas 10 estão ligadas à educação.
Quem atua como professor no nível pré-escolar recebe o salário mais baixo, segundo pesquisa do IBRE. A média de salário é de R$ 2.285 para cada servidor.

Além do baixo salário, outros problemas são a necessidade constante de capacitação e atualização, além da falta de valorização dos profissionais.
A segunda posição fica para profissionais que atuam com ensino. Trabalhadores que atuam na área do ensino também aparecem com um dos salários mais baixos, com uma média de R$ 2.554 reais ao mês. Em terceiro lugar estão professores de Artes, que recebem uma média salarial de R$ 2.629 no Brasil.

Outras profissões também aparecem com baixa salarial

Na lista, outros serviços também foram apontados com baixo rendimento, entre eles, quem atua com Física e Astronomia na quarta posição. A média salarial para físicos e astrônomos é em torno de R$ 3 mil. Outro problema é a falta de oportunidades no mercado de trabalho e obtenção de financiamento.
Além deles, a profissão de assistente social aparece em 5º lugar com uma média salarial de R$ 3.078, um serviço que apresenta dificuldades por conta da sua natureza, ao lidar com pessoas em situação de desigualdade, pobreza, miséria e violência. O cargo de bibliotecário também foi elencado com uma das remunerações mais baixas, com R$ 3.135.

Fonoaudiólogo e Relações Públicas também têm baixo rendimento

Na sétima posição, novamente aparece um cargo ligado à educação: quem trabalha como educador de alunos com deficiência. A média salarial é de R$ 3.379 para os servidores no Brasil. Em oitavo lugar está o trabalhador de Relações Públicas, que trabalha com as imagens das empresas e instituições, com uma média de R$ 3.426. Em nono e penúltimo lugar aparece o trabalhador que atua na área da fonoaudiologia, com uma carga horária de cerca de 40 horas semanais e que auxilia na voz e reabilitação da fala de pacientes.

O rendimento médio no país é de R$ 3.485. Por fim, novamente um trabalho ligado ao ensino: o de professor de ensino fundamental, com um salário médio de R$ 3,5 mil, mesmo com extensas horas de trabalho por semana.