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FAMÍLIA PEREIRA DE MELO

Comecemos esta história mencionando os patriarcas Francisco Claudiano Pereira de Melo e dona Josefa da Conceição, vindos da cidade de Bananeiras, interior do Estado da Paraíba, chegando a Boa Vista no dia 29 de maio de 1886.

Gente da nossa gente, personagens da nossa História

Comecemos esta história mencionando os patriarcas Francisco Claudiano Pereira de Melo e dona Josefa da Conceição, vindos da cidade de Bananeiras, interior do Estado da Paraíba, chegando a Boa Vista no dia 29 de maio de 1886. A família foi para a região do Taiano, no hoje município de Alto Alegre, dedicando-se às atividades de agricultura de subsistência para a própria família e depois com o plantio de tabaco.

            Um dos seus filhos, Carlos Pereira de Melo, era comerciante e dono de embarcação. Foi dono da “Fazenda Aparecida”, próxima do rio Uraricoera, onde instalou o comércio de compra e venda de ouro e diamante. Casou-se no dia 27/10/1914 com a paraibana Emilia Marandoliva de Melo, e dessa união nasceram os filhos: Marélia Melo, Marly, Carlos Melo Filho, Belísio, Marisa, Idam Santoris, Marilene Melo e Estácio Pereira de Melo (o Estácio foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Boa Vista em 1978). Ao ficar viúvo, Carlos casou-se com a senhora Maria do Carmo Constantino e foi morar na colônia do Taiano, onde montou outro comércio. O casal teve os filhos: Wary, Margarida, Nazaré e Minerva.

            Carlos Pereira de Melo nasceu em 1886 e faleceu no dia 02/01/1974. Hoje o seu nome denomina a principal avenida em direção ao município de Alto Alegre (a Avenida Carlos Pereira de Melo, no Bairro Jardim Floresta).

            Outro filho do casal pioneiro Francisco Claudiano Pereira de Melo e Josefa da Conceição, foi o senhor João Pereira de Melo (Janjão), nascido na cidade de Bananeiras, na Paraíba, em 1883. Ele veio para Boa Vista em 1910, casado com a sua prima a senhora Esmerinda Lira de Melo. O casal foi morar na região do Merú, onde João Melo passou a trabalhar com o plantio da folha de tabaco. O casal teve 9 filhos, mas a esposa Esmerinda faleceu no último parto. João Melo, ao ficar viúvo, retornou a Paraíba e casou-se com outra prima, Júlia Barbosa de Melo, irmã de sua mulher Esmerinda que havia falecido.

O casamento de João Pereira de Melo com a jovem Júlia Barbosa aconteceu no dia 28/05/1916, na Paraíba. E, no mês de agosto daquele mesmo ano o casal veio para Boa Vista e foi morar na região do Passarão onde passou a cultivar a folha do tabaco e produzir fumo que à época era vendido em rolo para a empresa de Cigarros da marca “Duquesa”, sediada em Manaus. Nesta época o João Melo comprou as terras onde hoje estão o Murupú e o Anzol.

Mas, em 1928 o Inverno foi rigoroso, as chuvas inundaram o plantio de fumo e fez vazar o grande açude que o João Melo havia construído. Em face destas perdas, a família retornou para Boa Vista e aqui adquiriu uma grande residência (hoje o local fica na Avenida Getúlio Vargas, esquina com a própria Avenida João Pereira de Melo, próxima a TV Roraima) e, nesta residência o senhor João Melo instalou um comércio com o nome de: “Canto da Fortuna”. Anos depois, em 1932, comprou um prédio na Avenida Jaime Brasil, esquina com a Rua Sebastião Diniz, no centro da cidade. E, lá montou a famosa “Casa Paraibana”, onde se vendia quase tudo, desde aparelhos de utilidades domésticas, tecidos, gêneros alimentícios e até artigos de couro.

João Melo tinha várias Fazendas de gado, espalhadas desde o Amajari, Ereu e noutras regiões, dentre elas: a Tanqueira, Bom Jesus, Acari, Predileta, Pesqueiro, São Saruê, Flores e Fortaleza. Sua última fazenda foi a Maracanaú.

O casal João Pereira de Melo e Júlia Barbosa (a Vovó Júlia) teve os filhos: Maria Eugênia, Benjamim, Cristóvão, Nilo, João Evangelista, Jorge e Ivan. E, criou mais seis crianças: Juvêncio Jaricuna, Elvira, Dila, Francisca, Letícia e Lenir.

João Pereira de Melo faleceu em 1980 e Julia Barbosa de Melo em 1990.

Outro filho do casal João Melo e Júlia Melo era o João Evangelista Pereira de Melo. Foi vereador em duas Legislaturas: 1969 a 1972 e de 1973 a 1976. Ele nasceu em 1937 e faleceu em 1998. Seu nome denomina o prédio da Câmara Municipal de Boa Vista.

E, por fim, dos filhos do casal João Melo e Júlia Melo (a vovó Júlia), apenas dois estão vivos: o Ivan (comerciante, casado com a professora Jane), e o Jorge Pereira de Melo (nascido no dia 03/11/1933, casado com a senhora Rosa da Silva de Melo).

O casal Jorge Melo e Rosa Melo tem os filhos: Gerson, Gener, Yana (médica) e George da Silva Melo (deputado estadual). Deles descendem 7 neto(a)s: Fernanda e Jorge Neto – filhos do George Melo com Kátila Dias de Melo); Giovana e Gustavo – filhos do Gerson com a Liane Melo); e Guilherme, Layla e Valentina (filhos do Gener com Ayla Valesca Melo).

O senhor Jorge Melo é funcionário público federal aposentado. Iniciou suas atividades na antiga Divisão de Produção, Terras e Colonização – DPTC-, no governo de Hélio Magalhães de Araújo, no dia 07/11/1959. Fez vários cursos na área de agricultura e pecuária, inclusive na Ilha de Marajó, no Pará, e trabalhou muitos anos aqui em Boa Vista no antigo Posto de Inseminação animal (onde hoje está o conjunto habitacional dos desembargadores, próximo ao Estádio Canarinho). A sua esposa, a senhora Rosa da Silva de Melo, também aposentada, iniciou suas atividades como Enfermeira no dia 01/03/1975, no Hospital Coronel Mota, e a partir de 04/10/1979 prestou seus serviços na antiga Legião Brasileira de Assistência – LBA. E, em 1999, aposentou-se quando trabalhava na Previdência Social, da qual o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social-, é o órgão responsável pela execução das políticas definidas pelo Ministério da Previdência Social.