Bom dia,
Voltamos à nossa rotina agradável de redigir a Parabólica para informar nossos/nossas leitores (as) sobre informações de bastidores, comentários e opiniões sobre nossa realidade política, econômica e social. E não dá para começar sem falar do cenário político de Roraima para 2024 que se inicia sob o manto da indefinição quanto à governança do Estado e incerteza sobre o quadro geral de candidatos às eleições municipais, especialmente com relação à disputa pelas 15 prefeituras, sendo 14 interioranas e a da capital.
Governo 1
Se alguém conversar com a maioria dos correligionários de Antonio Denarium (Progressistas) vai sair com um grau grande de certeza de que o governador vai terminar tranquilamente seu mandato em 2026. Os argumentos para isso estão baseados em algumas estratégias dos advogados de defesa do chefe do Executivo roraimense: em primeiro lugar esses advogados vão tentar – e aparentemente estão conseguindo -, retardar ao máximo a subida dos processos em que Denarium já foi, ou será cassado, até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e lá com a certeza da modificação do comando e da composição da instituição vão tentar modificar as decisões do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR).
Governo 2
A estratégia para a retenção/demora dos processos que resultaram ou resultarão na cassação pelos juízes eleitorais do mandato de Antônio Denarium será baseada em possíveis pedidos de vistas por algum juiz ou até mesmo através de vários recursos, mesmo que meramente protelatórios junto ao TRE-RR. Ambas as estratégias funcionaram muito bem até agora, afinal, terminou 2023 e nenhum dos processos “subiu”.
Governo 3
Ao contrário, quando alguém conversa com não-simpatizantes de Antônio Denarium, eles não se manifestam abertamente, à exceção dos integrantes do MDB, a conclusão que se chega é de que o TSE confirmará a cassação do mandato do governador até o final do primeiro semestre deste ano. Esses não-simpatizantes acreditam que qualquer que seja o relator escolhido dentre os ministros do TSE, o relatório será pela confirmação das decisões do TRE-RR pelo conjunto da obra. Essa convicção é reforçada pela certeza de que o próximo processo que será julgado pelos juízes eleitorais locais ainda neste mês de janeiro é o que mais provas sobre os crimes atribuídos ao governador contêm.
Prefeitura 1
Com relação às eleições para a Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV), a mais cobiçada pelos políticos, o quadro provável de disputa só apresenta uma probabilidade possível. O atual prefeito Arthur Henrique (MDB) é candidato à reeleição em qualquer cenário envolvendo a governadoria do Estado. Essa possibilidade só não ocorrerá num remoto e grande acordo sobre o governo estadual na hipótese da confirmação da cassação do mandato do atual governador Antônio Denarium. Uma hipótese, que se diga de passagem, bastante improvável.
Prefeitura 2
Quanto ao quadro de disputante como representante das forças políticas agrupadas hoje em torno do Palácio Senador Hélio Campos, o cenário é de muita incerteza na hipótese da cassação do mandato de Antonio Denarium. O deputado federal Antônio Nicoletti (União Brasil), por exemplo, disse que não abre mão de sua candidatura, hoje, à PMBV, mas que poderá sentar com outras forças políticas caso Denarium seja cassado, o que ele não acredita e trabalha contra. Se o cenário permanecer assim, ele vai cumprir a decisão da Executiva Nacional de seu partido que é de lançá-lo a candidato à PMBV.
Prefeitura 3
Em entrevista à rádio Folha FM 100.3, o prefeito Arthur Henrique disse que, independente do candidato/candidata representante das forças políticas que se apoiam no governador Antônio Denarium, o que se vai discutir na eleição deste ano é um estilo de governar a prefeitura da capital roraimense. Citou como parâmetros de governar bem Boa Vista, o cuidado com a urbanização, uma educação cuidadosa com nossas crianças e uma saúde minimamente capaz de atender sua população na medicina básica. O prefeito citou ainda a preocupação em criar alternativas para a produção, especialmente, a pequena agricultura.
