Novo ano, novas metas… Mesmas dívidas? Grande parte dos brasileiros sofre com essa última parte, visto que o início do ano acumula muitos gastos. Dentre os mais comuns estão: o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), gastos com material escolar e fatura de cartão de crédito com as compras do fim do ano.
Pensando em como ajudar na organização dessas dívidas, a Folha conversou com o economista Fábio Martinez que deu dicas importantes para evitar possíveis dores de cabeça nesse período do ano.
Martinez ressalta a importância de antecipar e organizar esses compromissos. Seja pelo parcelamento inteligente de despesas duradouras, como materiais escolares, ou pela priorização de pagamentos essenciais e aqueles com juros elevados, o economista oferece estratégias tangíveis.
“Anotar basicamente todo o tipo de gasto que você tem, seja num bloquinho de papel ou então planilhas no computador, próprios aplicativos ou então outros aplicativos mesmo que você consiga encontrar e começar a analisar e cadastrar todas as suas despesas”, explicou.
O ponto-chave, segundo Martinez, é a construção de uma reserva de emergência. Essa “poupança de segurança” emerge como uma ferramenta vital para enfrentar despesas inesperadas, garantindo estabilidade financeira mesmo diante dos imprevistos.
Para aqueles já endividados, o economista não apenas alerta sobre os riscos, mas também sugere uma abordagem prática: a troca de dívidas caras por opções mais vantajosas, como o crédito consignado. Além disso, o Programa Federal Desenrola Brasil é apresentado como uma oportunidade para negociar dívidas, com descontos expressivos.
No arsenal financeiro, a busca por renda extra é uma alternativa válida. Martinez destaca a diversidade de oportunidades, desde trabalhos autônomos até a produção de itens demandados em épocas específicas.
A educação financeira, segundo o economista, é a base para a solidez econômica. A consciência sobre despesas, a definição de prioridades e o “pagar-se primeiro” são princípios que, segundo ele, conduzem a uma gestão financeira eficaz.
“Quando você tem o controle da sua vida financeira, você consegue melhorar significativamente, sem contar que você consegue atingir objetivos, porque quando você não controla a sua vida financeira, você também não consegue atingir aqueles objetivos maiores, seja uma viagem ou a aquisição de um bem”, comentou.
Para finalizar, Martinez adverte sobre a importância de considerar as tendências econômicas e políticas ao planejar os gastos, destacando a necessidade de adaptação em um cenário em constante evolução.
“Quando você tem uma definição de um objetivo que você quer, o que você tem que economizar, toda vez que você recebe o salário, já pega a parte daquele recurso que vai para o investimento e já aplica, seja numa reserva de emergência ou então algum tipo de aplicação financeira”, concluiu.