Já imaginou receber seu pagamento direto na conta e ter ele bloqueado imediatamente? Não? Pois foi isso o que aconteceu com a amiga da servidora pública Kérola de Melo. O motivo? Uma mudança de agência bancária sem aviso prévio à cliente. E ela não é a única. Usuários do Banco do Brasil têm procurado a Folha para reclamar da mesma situação. Segundo eles, o banco está realizando a mudança de contas para outras agências sem antes comunicar o cliente.
No ano passado, os clientes da agência localizada na Avenida Jaime Brasil, no Centro, passaram pela situação ao serem transferidos para a agência da Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro Mecejana, zona Oeste. À época, um aviso na porta de entrada comunicava os usuários sobre a mudança. Mesmo assim, muitos clientes foram pegos de surpresa com a novidade.
Usuária do banco há quase quatro anos, Kérola passou pela primeira mudança de agência há cerca de um ano, quando foi transferida do bairro Mecejana para a do prédio da Avenida Ville Roy, no bairro São Pedro, zona Leste. À época, a mudança foi bem recebida. No entanto, na tarde desta sexta-feira, 11, ela recebeu a informação de que passaria por mais uma mudança de agência enquanto realizava um procedimento no caixa eletrônico. Na mensagem, o banco informa a transferência, mas não cita datas ou qualquer outra informação, como para qual agência o cliente será encaminhado.
Um servidor público, que preferiu não ser identificado, contou que também chegou a ter um dinheiro bloqueado pela mudança sem aviso prévio. “Como o número da agência tava diferente, eu tive que me dirigir à Central e esperar uma manhã inteira pra conseguir começar a resolver a situação”, disse.
Para o conselheiro de saúde indígena, Beto Góis, é um dever da instituição notificar os usuários de forma direta, principalmente pelo fato de ser uma agência bancária tradicional do país. Há dois anos morando em Boa Vista, ele destacou que outra reclamação comum gira em torno da demora no atendimento. “Já cansei de passar horas aqui, esperando servidor parar de mexer no celular pra atender cliente. É preciso um atendimento humanizado”, ressaltou.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com o Banco do Brasil para ter um posicionamento do caso, mas até o fechamento desta matéria, às 18h, não obteve resposta. (A.G.G)