A Academia Roraimense de Letras (ARL) completa 35 anos de fundação nesta terça-feira (9). Para a presidente Cecy Lya Brasil, a entidade é imprescindível para o apoio e a preservação do patrimônio cultural de Roraima.
Ela relembra os altos e baixos vividos pela ARL nos últimos anos, como o fechamento das portas, os trabalhos de revitalização de patrimônios, a atualização do regimento, a chegada de novos membros e a luta para não deixar a Academia “falecer”, como diz a presidente.
Para 2024, Cecy afirma que as metas da ARL envolverão a comemoração alusiva aos 35 anos da entidade, projetos para captar recursos para a manutenção do patrimônio, apoio no lançamento de livros e participação em palestras.
Segundo Cecy, pela primeira vez, a Academia está com as 33 cadeiras ocupadas por membros, que atuam em áreas além das letras, como artes, cultura, música, entre outras. Shirley Rodrigues, membra da ARL e colabora da FolhaBV, se considera uma incentivadora dos projetos da entidade, em especial os que incentivam a produção literária pelas novas gerações, e enfatiza a importância da Academia para a sociedade roraimense.
“Tenho muita honra de participar desse colegiado de pensadores e de artistas das letras, além de ter como patrono o herói Ajuricaba, um defensor dos povos originários, da natureza e da liberdade”, disse.
O professor universitário Maurício Zouein ressalta que a Academia Roraimense de Letras abrange as funções de preservar, destacar e representar os valores da cultura. Conforme Maurício, a ARL tem trabalhado nos últimos anos para atuar e ajudar no desenvolvimento cultural de Roraima.
“Houve reuniões dentro da academia para se articular na própria Academia. Elementos de inovação, de aproximar tecnologias com o fazer tradicional. Então é uma maneira da própria entidade estar acompanhando a evolução, o desenvolvimento e o progresso das tecnologias e das ferramentas de fazer cultura”, relatou.
Futura sede na Casa da Cultura
A Casa da Cultura Madre Leotávia Zoller será restaurada para servir de sede à Academia Roraimense de Letras com prazo de obra de 240 dias. De acordo com a presidente da Academia, a solicitação pela ocupação do prédio, que estava abandonado há anos, era realizada pela academia desde 2012, mas nunca seguia adiante por diversos contratempos. “Queremos organizar tudo neste ano para que, em 2025, possamos realizar a nossa mudança para a Casa de Cultura e atuar na nossa sede própria”, afirmou