A Polícia de Presidente Figueiredo, interior do Amazonas, suspeita que a artista e cicloviajane, Julieta Hernández, de 38 anos, tenha sido enterrada ainda com vida, além de ter sofrido violência sexual e física. As informações são do Balanço Geral, portal R7, e foram divulgadas nessa segunda-feira (08).
Nos novos detalhes do caso, a polícia desconfia que no dia 23 de dezembro, quando Julieta parou de se comunicar ao passar pela cidade amazonense, a artista já estava morta. Quando foram notificados do desaparecimento da Palhaça Jujuba, após 10 dias, as buscas foram realizadas em pousadas, incluindo o local que Thiago Agles da Silva, de 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, de 29, principais suspeitos, eram donos.
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“Procuramos em algumas pousadas, mas na sexta-feira (05), falei com o Thiago e ele deu uma informação falsa, porém confirmou que ela teria se hospedado lá”, disse Valdinei Silva, delegado.
Ainda conforme as informações, os criminosos eram donos do local e cuidavam da pousada há sete meses. No início, teriam sido receptivos com Julieta, porém tudo mudou quando viram o celular da venezuelana e armaram uma emboscada para ela.
Ataque à Julieta
Segundo a investigação, enquanto Julieta Hernández dormia na rede, foi atacada com um golpe no pescoço. Thiago teria a enforcado e, depois, ordenado que Deliomara a amarrasse a vítima. Quando tomou o telefone de Julieta, o suspeito ainda abusou sexualmente da artista, o que teria causado ciúme na companheira, que resolveu atear fogo nos dois.
Enquanto o suspeito tentava apagar o fogo do próprio corpo, a mulher cavou uma cova na mata para enterrar Julieta. Segundo a polícia, a vítima pode ter sido sepultada ainda com vida.
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A polícia descobriu todo o enredo a partir de pedaços da bicicleta da artista. “No momento em que a Polícia Civil chegou ao local para verificar essas peças, Thiago saiu pela lateral e tentou fugir”, contou o delegado.
O casal foi preso em flagrante e vão responder pelos crimes de latrocínio, estupro e ocultação de cadáver. Se condenados, podem pegar até trinta anos de prisão.