A safra de grãos em Roraima deverá ter crescimento, apesar de um cenário adverso no exterior, avaliou o secretário estadual de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação, Márcio Grangeiro. A entrevista foi concedida nesse domingo (14), no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM.
“Nós temos conflitos e inúmeros cenários acontecendo no mundo que requerem cautela, entretanto em Roraima nós acreditamos que iremos continuar com o mesmo patamar porque nós somos menos influenciados por esse cenário e devemos ficar no mesmo patamar de crescimento anual: em torno de 15% até 20%. Nós temos áreas pra expandir a nossa produtividade é excelente e temos peculiaridades da própria agricultura que favorecem a nossa produtividade”.
O secretário acredita também que o estado deve ter crescimento na área plantada, principalmente da soja, que deve superar os 140 mil hectares. “A gente acredita que este ano nós superaremos os 140 mil hectares de soja. Então a gente vai saltar de cento e 128 mil hectares para acima de 140 mil tranquilamente”, acrescenta.
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Condições
Para o secretário, as melhorias do cenário do setor agropecuário no estado desde 2019 tem dado condições para que os produtores consigam expandir a produção e de colher uma safra superior a cada ano.
“Roraima vem tendo um grande crescimento na produção agropecuária como um todo. E sem dúvida alguma os grãos é o carro chefe que tem puxado esse desenvolvimento. E todo esse trabalho que vem acontecendo de 2019 até agora deu a possibilidade de investidores que já estavam aqui e de investidores de fora que chegaram aqui a expandir a produção e atrair empresas. Isso frente a todo o trabalho da regularização fundiária, da regularização ambiental, da política pública que deu uma credibilidade para que estes realmente apostassem na cultura da soja no estado de Roraima”.
Para Grangeiro, não deve demorar para que Roraima reúna condições para realizar duas safras no mesmo ano. “É uma questão de tempo pra gente ter tecnologias para que a gente possa fazer duas safras, nós temos área, nós temos os nossos zoneamentos que tiveram a capacidade de estudar melhor o Estado e fazer o seu ordenamento territorial. Temos outras variedades de ciclos mais curtos que dá a possibilidade de a gente colher uma segunda safra de milho. E eu acredito que não vai mais cinco anos pra isso acontecer”, finalizou.
