CAPITAL E INTERIOR

Servidores denunciam perseguição e assédio moral no Iater

A denúncia foi feita após uma situação vivenciada por 38 servidores no dia 06 de janeiro

Fachada do Iater (Foto: Divulgação)
Fachada do Iater (Foto: Divulgação)

Mais um caso de assédio moral foi denunciado à FolhaBV. Dessa vez, servidores lotados no Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Roraima (Iater) relataram perseguição e movimentação no quadro de servidores feitos pelo presidente da instituição, Marcelo Pereira.

A denúncia foi feita após uma situação vivenciada por 38 servidores no dia 06 de janeiro. Segundo os relatos, Pereira devolveu 15 servidores federais e 23 estaduais, alguns do lotados nos municípios do interior, para o órgão de origem, no caso a Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação (Seadi) em Boa Vista, sem justificativa. Os servidores só souberam da devolução nesta semana.

“O presidente faz assédio moral com os servidores que não aceitam fazer o que ele quer, sofrendo perseguição e chegando ao ponto de serem devolvidos para a Seadi. Eles ficaram essa semana pelos corredores enquanto o secretário decidi o que fazer porque o Marcelo não os quer no Iater, pois além de estarem velhos, não fazem falcatrua para beneficiá-lo”, disse um denunciante, sem explicar qual ação irregular o presidente estaria fazendo.

Ainda conforme os servidores, o presidente da Instituição tem “preconceito com as pessoas de idade, que já trabalharam muito pelo estado e hoje não têm o mesmo vigor”. Por isso, há meses, ele estaria fazendo pressão psicológica e ameaça de devolução de servidor, até que teria feito neste mês.

“Os mais prejudicados são os servidores que moram no interior. Esses servidores, que há mais de 18 anos vivem no interior prestando serviços para o estado, não sabem o que fazer porque teriam que vender suas coisas para trabalhar na capital”, relata outro.

A devolução dos servidores não consta em nenhuma publicação do Diário Oficial do Estado até a última segunda (15). A FolhaBV procurou a Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação, e o Iater e solicitou novas informações sobre a situação, assim como manifestação. No entanto, não houve resposta e o espaço segue aberto.