No último domingo (21), o programa “Agenda da Semana” recebeu Venceslau Braz para discutir o crescente mercado dos créditos de carbono no Brasil, um tema ainda incipiente em Roraima.
Durante a entrevista, Braz destacou a existência de dois mercados de carbono, o regulado e o voluntário. Ele comparou o mercado regulado à recente COP em Dubai, considerando-a insuficiente no tratamento da questão. “A Amazônia virou o celeiro mundial do carbono e é preciso regular isso”, alertou.
Braz explicou que o sequestro de carbono, que envolve a redução das emissões, pode gerar certificações e créditos disponíveis para comercialização com países que não atingiram suas metas. Ele ressaltou a oportunidade financeira, mencionando que a tonelada de carbono está avaliada entre cinco a oito dólares.
O entrevistado fez um alerta específico para os proprietários de terras em Roraima, mencionando um projeto de lei que, se aprovado, permitirá que os governos estaduais se tornem proprietários dos créditos de carbono de propriedades privadas. “É preciso que os produtores tenham muito cuidado. Estão preparando armadilhas com a questão do carbono”, pontuou Braz.
Venceslau Braz enfatizou o potencial financeiro do mercado de carbono, destacando que se tornou uma commoditie. “O carbono virou uma commoditie. Você pode participar de leilão, adquirir propriedades, comprar carro, tudo com crédito de carbono”, afirmou. Ele ressaltou a importância de começar a trabalhar essa questão em Roraima e expressou o desejo de abordar o tema na próxima COP em Belém.
Além disso, Braz abordou a falta de iniciativas para a preservação econômica da Amazônia e a perda de produtos para outros países durante a entrevista completa no programa.
