Neste domingo (21), o programa “Agenda da Semana” recebeu o sub-comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima, Coronel Gewrly Batista Melo, para abordar a situação do estado durante o período de estiagem.
O coronel contextualizou o cenário climático, destacando que o atual período de verão teve início em outubro do ano passado e persistirá até abril deste ano. Ele ressaltou que as primeiras chuvas de inverno são esperadas para a segunda metade de abril, intensificando-se até agosto.
“Estamos vivenciando o El Niño, que é o aquecimento das águas do oceano pacífico, causando a diminuição das chuvas, calor intenso, vegetação com umidade baixa e suscetível ao fogo. Isso depois de três anos de La Niña, quando ocorreu o resfriamento da água do oceano pacífico (…)”, explicou Gewrly, abordando as diferenças entre os fenômenos climáticos.
Apesar das chuvas recentes, o sub-comandante alertou que os riscos de incêndio ainda persistem. Ele esclareceu que, embora tenha ocorrido um certo alívio com as chuvas, o prognóstico indica que o El Niño se estenderá até 2024, mantendo a ameaça de incêndios.
Gewrly abordou a situação crítica do município de Amajari, que decretou estado de emergência devido à estiagem. “Amajari tem enfrentado essa baixa desde o ano passado e alguns focos de incêndio. Se o município atender todos os requisitos para decretar situação de emergência, ele pode decretar de maneira independente e mandar para Brasília homologar e a partir daí receber recursos para minimizar esses efeitos dessa estiagem.”
O Coronel também destacou as medidas preventivas adotadas pelo Governo de Roraima, incluindo a criação do Gabinete Integrado de Gestão Emergencial em outubro do ano passado. “Iniciamos de forma preventiva um trabalho em todo o Estado, envolvendo diversas agências como Femarh, Ibama, ICMBio, a Força Aérea e Exército.”
Gewrly reforçou as orientações sobre o uso do fogo, especialmente no período de carnaval. “A gente orienta a toda a população que nesses meses, em especial no carnaval, tomem cuidado com a utilização do fogo. O incêndio pode devastar, colocar a vida em risco além da fauna e flora”, disse.
