Diretórios estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT) em todo o país, incluindo o de Roraima, marcaram para este domingo, 27, o lançamento oficial da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. O ex-presidente está preso em Curitiba (PR) há pouco mais de um mês após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em Boa Vista, o ato ocorrerá a partir das 8h, na sede do PT, localizada na avenida Benjamin Constant, bairro São Vicente, zona sul, e contará com a participação das principais lideranças do partido e diversos militantes. No mesmo evento, também será realizado o lançamento da pré-candidatura a cargos minoritários das mulheres filiadas ao partido.
Conforme o secretário de Comunicação do PT em Roraima, Marlison Ângelo, o lançamento acontece em todo o Brasil, no final de semana, por orientação da direção nacional do partido. “Domingo é um dia de mobilização nacional. Todas as capitais e municípios irão fazer o ato de lançamento da pré-candidatura do Lula, determinação que saiu de resoluções nacionais do partido. Não temos plano B, o nosso candidato é o Lula”, afirmou.
Segundo Marlison, além de lançar a candidatura do ex-presidente, a manifestação também é um protesto contra a prisão de Lula. “A prisão é política e não jurídica, todo mundo que entende um pouco afirma que foi uma prisão para tirá-lo da jogada e para que não concorresse. Iremos chamar movimentos sociais e sindicatos, além dos simpatizantes que quiserem participar. Será um dia muito importante para a história”, disse.
Mesmo condenado e detido, Lula pode ser candidato e até eleito. Isso porque os partidos têm até as 19h do dia 15 de agosto para registrar as suas candidaturas. Depois disso, outros candidatos, partidos políticos, coligações ou o Ministério Público Eleitoral têm um prazo de até cinco dias para pedir a impugnação da candidatura, apresentando uma petição fundamentada e com provas. A partir daí, quem decide se Lula pode ou não ser candidato é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Caso o TSE decida que Lula, por se enquadrar na Lei da Ficha Limpa que veta condenados por corrupção em segunda instância, não possa ser candidato, sob essa decisão cabem recursos que podem ser arrastados por quase todo o período eleitoral. “Se ocorrer eleição no Brasil com o presidente Lula preso sem o direito de ele concorrer é algo que tratamos como se tivessem burlando e golpeando a democracia no nosso país. Seria uma fraude”, frisou Ângelo. (L.G.C)