O ex-deputado federal Luciano Castro, que é pré-candidato ao Senado Federal, e o deputado federal Édio Lopes, ambos do Partido da República (PR), fecharam acordo com a governadora Suely Campos, do Progressistas (PP), e devem apoiar sua reeleição para o Governo de Roraima. A informação foi publicada nesta segunda-feira, 28, em primeira mão pela coluna Parabólica, da Folha, e confirmada pela reportagem ontem, 29.
Em entrevista à Folha, Luciano Castro, que estava alinhado para apoiar o ex-governador Anchieta Júnior (PSDB), que tentará buscar o Executivo estadual mais uma vez, justificou a ida para a base governista como entendimento com Suely Campos para melhorar a governabilidade. “Tenho uma relação com a Suely há muito tempo, enquanto estive no Ministério dos Transportes, de muito entendimento e respeito”, destacou.
Fontes ouvidas pela reportagem dão conta de que o acordo previa que Castro e Édio poderiam fazer indicações para postos na administração da governadora Suely Campos, o que foi negado pelo ex-deputado. “Não tenho acordo por troca de cargos, até porque fazer isso com seis meses de governo não faz sentido. A governadora vai fazer troca de secretários, mas não significa que se deve a coligação com o PR”, afirmou.
Castro disse ainda que a aliança entre ele e Anchieta teria sido quebrada por conta da possibilidade de união com o senador Romero Jucá (MDB). “Ficou difícil uma aliança em razão da possibilidade da vinda do senador Jucá. Nada contra ele, mas a possível chapa com o ex-governador Anchieta teria dificuldade de eleger dois senadores, é quase impossível que ocorra”, explicou.
Durante pronunciamento na solenidade de posse dos novos secretários, a governadora Suely Campos frisou a boa relação profissional com Luciano Castro, apesar de que nunca teria subido no mesmo palanque. “É uma pessoa que nunca esteve do lado do nosso grupo e quero dizer que quando assumi o governo, ele enquanto secretário no Ministério dos Transportes sempre me procurou para tratar dos convênios que estava trazendo para o Estado”, pontuou.
A reportagem entrou em contato com o deputado federal Édio Lopes, mas até o fechamento desta matéria, às 20h de ontem, não obteve retorno. (L.G.C)