CONTEÚDO PATROCINADO

ALE-RR combate cyberbullying e orienta sobre perigos do tráfico de pessoas em ambientes virtuais

Conteúdo Especial

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RORAIMA
Assembleia Legislativa atua na difusão de informações sobre os perigos no ciberespaço (FOTO : Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)
Assembleia Legislativa atua na difusão de informações sobre os perigos no ciberespaço (FOTO : Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

A Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), por meio do projeto “Educar é Prevenir”, do Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, atua na difusão de informações sobre os perigos em ambientes virtuais, que podem ser usados por criminosos para crimes como tráfico de pessoas, pedofilia, aliciamento de menores, assédio e outros.

O Educar é Prevenir tem como objetivo principal capacitar professores e técnicos das unidades escolares, bem como debater com estudantes sobre os perigos do tráfico humano (FOTO : Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

O coordenador do Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico de Pessoas, Glauber Batista, explicou que, em 2023, as equipes foram a 43 escolas da rede pública estadual de ensino, onde realizaram palestras com alunos, professores e outros funcionários, e abordaram os perigos da internet. Já foram alcançados 8,3 mil alunos e 2,2 mil servidores da educação.

Coordenador do Centro de Promoção às Vítimas de Tráfico de Pessoas da ALE-RR, Glaber Batista (FOTO : Marley Lima/ SupCom ALE-RR)

“A gente leva toda nossa experiência de atendimento a casos e o conhecimento na legislação sobre o tema, para capacitar os professores e a comunidade escolar como um todo e eles tenham esse olhar diferenciado, saibam identificar situações de perigo dentro da escola. Nossa intenção é que eles saibam como proceder e levar os casos às autoridades”, explicou Batista.

Ele mencionou ainda como o cyberbullying tem ganhado força no meio dos adolescentes e jovens. A prática, transformada em crime neste ano após uma sanção do presidente Lula (PT), se caracteriza pela intimidação, xingamentos ou quaisquer atos que tenham por objetivo ferir a honra de alguém. A pena é de dois a quatro anos, mais multa.

“Em quase todas as escolas, tivemos relatos de cyberbullying, um meio de aliciamento muito forte. Alguns casos foram levados para as autoridades competentes para a devida investigação”, acrescentou o coordenador.

Legislação

A Lei nº 1.868/2023, de autoria do deputado Dr. Meton (MDB), institui o Dia Estadual da Internet Segura, a ser comemorado anualmente em 6 de fevereiro. A data visa alertar sobre o uso seguro e responsável dos ambientes virtuais, para evitar fraudes e o cyberbullying. O texto prevê que sejam promovidos debates entre educadores, pais ou responsáveis e estudantes a respeito dos perigos e armadilhas da internet.

Deputado Dr. Meton é autor da Lei nº 1.868/2023, que institui o Dia Estadual da Internet segura, em Roraima ((FOTO : Nonato Sousa/ SupCom ALE-RR)

“Queremos que nossas crianças e adolescentes tenham acesso a conteúdo correspondente às suas faixas etárias e que entendam que o uso dessas ferramentas não pode ser descontrolado, mas feito de maneira consciente, responsável, garantindo um espaço virtual saudável para eles”, enfatizou o parlamentar Dr. Meton.

Consequências graves

O cyberbullying tem consequências gravíssimas na vida de uma criança, adolescente ou jovem, podendo causar depressão profunda. Essa é a avaliação da psicóloga Jade Martins, especialista em atendimento infantojuvenil. Frente a isso, uma das orientações da profissional é que os pais conversem com os filhos, para que eles não pratiquem atos de intimidação aos outros.

Psicóloga comenta que prejuízos para criança são inúmeros e dá dicas de como pais podem agir com filhos (FOTO : Eduardo Andrade/ SupCom ALE-RR)

“Às vezes, é tão sério, a ponto de eu chegar ao consultório e me deparar com uma paciente com quadro depressivo severo por uma situação que ela passou na escola. O cyberbullying seria, de forma anônima, xingar, fazer comentários sobre a pessoa, compartilhar imagens, incitando ódio em cima disso. Por essa razão, os filhos precisam ser orientados a preservar a segurança dos outros”, reforçou Jade.

O uso responsável da internet, ainda que pareça óbvio, precisa ser debatido. Os perigos dos ambientes on-line, como os crimes mencionados anteriormente, se unem aos prejuízos à saúde, como interferências na visão, cognição e irritabilidade. Jade, que se especializou na Universidade de São Paulo (USP), indica usar filtros nos equipamentos eletrônicos, para que os menores tenham acesso ao conteúdo correspondente à faixa etária

“Sei que é chato, mas tem que olhar o celular do adolescente. Não é invasão de privacidade. Ele não é adulto, não tem autonomia para ter toda essa privacidade. Por isso, os pais precisam supervisionar. Claro que orientamos sobre como fazer isso sem ser de uma forma tão invasiva. Sempre deixar o computador no lugar visível, nunca no quarto do filho, e limitar o tempo de uso”, frisou.

Caso esse controle não seja feito e a criança ou o adolescente tenha acesso ilimitado à internet, sem filtro ou qualquer outra ação que imponha esse limite, as consequências podem ser observadas no futuro. Jade lembra que a atual geração nasce conectada, observando todos usando telefone, o que gera identificação.

“Excluir não é razoável. Vai assistir a um vídeo com seu filho? Que seja um vídeo longo, pois estamos acostumados a vídeos curtos e rápidos e o cérebro se acomoda com estímulos que não têm prazo prolongado, que não exigem reflexão sobre aquilo. A longo prazo, essa criança ou adolescente será um adulto com dificuldades de concentração, a funcionalidade diminui, terá impacto na capacidade acadêmica, será mais ansioso e menos resiliente”, alertou a profissional.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.