A Justiça Federal em Roraima inocentou a ex-deputada estadual Yonny Pedroso por suspeita desvio de recursos em contratos do transporte escolar estadual. Na mesma ação, sete pessoas entre ex-secretários estaduais, empresários e servidores públicos foram condenados. A decisão foi publicada na última quarta-feira (14) e assinada pelo juiz Victor Oliveira de Queiroz.
“Por outro lado, os elementos colhidos durante a fase investigativa (interceptações telefônica, buscas e apreensões e quebra de sigilo bancário) não trazem provas suficientes de que a esta ré tenha cometido o crime em tela”, disse o magistrado na decisão.
Outros sete investigados foram condenados, incluindo o marido de Yonny, o empresário José Walace Barbosa da Silva, condenado a oito anos e dois meses de prisão, em regime fechado. Outros condenados foram Shiská Palamitshchece Pereira Pires, Aline Karla Lira de Oliveira, Tenilles Queiroz Maia, Thiago Lima Martinez, Dilzomar Batista da Silva e Silvestre Minotto.
A investigação inclui vários funcionários públicos e agentes privados, que foram acusados de crimes como desvio de recursos públicos federais, dispensa ilegal de licitação, recebimento de propina, e falsificação de documentos.
A Controladoria Geral do Estado identificou, em 2017, várias irregularidades na contratação emergencial realizada pela Secretaria de Educação, incluindo a dispensa ilegal de licitação e desvio de verbas públicas federais. A empresa Diamond Tours Transportes Ltda., teria sido indevidamente favorecida com rotas inexistes e notas falsas.
A investigação revelou uma teia envolvendo tanto funcionários públicos quanto agentes privados, com o objetivo de desviar fundos da Secretaria de Educação de Roraima. O MP falou sobre o desvio de R$ 50 milhões do transporte escolar para aplicá-los na campanha eleitoral em 2018.