IMUNIZAÇÃO

Roraima pode alcançar status livre de febre aftosa sem vacinação

Durante o período de 1º a 31 de março, espera-se imunizar 1.229.778 animais de todas as faixas etárias

Os produtores rurais e pecuaristas terão até o final de março para adquirir as vacinas e até o dia 15 de abril para notificar o rebanho em qualquer ponto de atendimento da Agência de Defesa ou através do site da Aderr. (Foto: Divulgação)
Os produtores rurais e pecuaristas terão até o final de março para adquirir as vacinas e até o dia 15 de abril para notificar o rebanho em qualquer ponto de atendimento da Agência de Defesa ou através do site da Aderr. (Foto: Divulgação)

Roraima está prestes a alcançar mais um marco significativo em seu desenvolvimento econômico. Após obter o status de livre de febre aftosa com vacinação em 2018, o estado se encaminha agora para conquistar o status de livre de febre aftosa sem vacinação.

Segundo a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), a autorização para essa mudança, concedida pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), é o resultado das medidas rigorosas de controle de sanidade animal implementadas pelo Governo de Roraima.

Para efetivar essa transição para o novo modelo de combate à febre aftosa, a 47ª Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, conduzida pela Aderr encerrará o ciclo de imunização contra a doença conforme o cronograma estabelecido previamente pelo Mapa.

Durante o período de 1º a 31 de março, espera-se imunizar 1.229.778 animais de todas as faixas etárias. Com essa mudança, as campanhas de vacinação serão substituídas por uma série de ações de vigilância, sorologias, barreiras móveis, fiscalização, atualização cadastral e educação sanitária em eventos agropecuários.

O governador Antonio Denarium destaca que a autorização para substituir a vacinação por outras formas de prevenção contra a febre aftosa é um reconhecimento do trabalho eficaz realizado em Roraima. Ele ressaltou o compromisso do governo, dos produtores rurais e dos técnicos da Aderr para garantir o sucesso dessa transição e enfatizou que esse é mais um passo importante no desenvolvimento da pecuária no estado.

O presidente da Aderr, Marcelo Parisi, enfatizou que as ações serão realizadas em colaboração com todos os envolvidos na cadeia produtiva da carne, visando assegurar a manutenção da área livre de febre aftosa sem vacinação. Ele destacou ainda que este momento será um marco na história de Roraima, marcando os 16 anos de existência da Agência e a 31ª campanha realizada por ela desde sua criação.

Os produtores rurais e pecuaristas terão até o final de março para adquirir as vacinas e até o dia 15 de abril para notificar o rebanho em qualquer ponto de atendimento da Agência de Defesa ou através do site da Aderr.

Durante o período de 1º a 31 de março, espera-se imunizar 1.229.778 animais de todas as faixas etárias (Foto: Divulgação)

A expectativa é que, com a autorização para a substituição da vacinação contra a febre aftosa, Roraima possa alcançar o status de livre de aftosa sem vacinação a partir do segundo semestre deste ano, o que será fundamental para o reconhecimento internacional e para a abertura de novos mercados para o rebanho do estado.

Nos últimos 15 anos, Roraima tem avançado gradativamente em relação à febre aftosa, saindo do status de “Não Livre” para “Alto Risco” em 2008 e alcançando o status de “Livre com Vacinação” em 2018. Esses avanços são resultado do trabalho contínuo do governo e das instituições envolvidas na área, que têm monitorado de perto as ações de prevenção e os índices de cobertura vacinal.

Durante as campanhas de imunização, foram superados diversos obstáculos para tornar Roraima livre da doença, incluindo a realização de vacinações em terras indígenas e o estabelecimento de parcerias com produtores e comerciantes. Além disso, os técnicos envolvidos na vacinação têm realizado visitas frequentes às propriedades rurais para orientar os produtores sobre a doença e as medidas de prevenção.

Com um rebanho bovino estimado em R$ 4 bilhões, Roraima tem visto um crescimento constante tanto em quantidade quanto em qualidade. Esse resultado é fruto dos investimentos dos pecuaristas em melhorias genéticas, estruturais, alimentares e de manejo, além dos incentivos do governo estadual. A modernização das infraestruturas e a melhoria dos processos têm fortalecido a produção pecuária, que hoje é responsável pela exportação de carne de Roraima para outros países.