O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou dados recentes que revelam uma queda significativa no desmatamento da floresta amazônica em janeiro deste ano. Segundo o monitoramento por imagens de satélite, houve uma redução de 60% em comparação ao mesmo período do ano anterior, marcando o décimo mês consecutivo de diminuição na destruição.
Apesar desse cenário positivo em nível geral, o estado de Roraima destaca-se negativamente, liderando o ranking de desmatamento na região. Com 40% da área derrubada da Amazônia Legal, Roraima enfrentou condições climáticas desfavoráveis, com um regime de chuvas inverso aos demais estados da região, resultando em um clima mais seco e propício para práticas de desmatamento, conforme aponta uma nota divulgada pelo Imazon.
Em janeiro de 2024, Roraima registrou a derrubada de 79 quilômetros quadrados (km²) de floresta, em comparação aos 198 km² do mesmo período no ano anterior. Embora haja uma queda em relação aos dados anteriores, esse desmatamento ainda equivale a mais de 250 campos de futebol por dia e ultrapassa a destruição observada nos meses de janeiro de 2016, 2017 e 2018.
Para Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, é essencial que o país intensifique seus esforços na redução das emissões de gases de efeito estufa, aumente a fiscalização ambiental e estabeleça áreas protegidas de floresta, visando alcançar a meta de desmatamento zero até 2030.
O monitoramento por imagens de satélite também revelou os estados que mais desmataram em janeiro. Seis estados da Amazônia Legal registraram queda na destruição da floresta, incluindo Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão.
Entretanto, outro dado preocupante é que seis das dez terras indígenas mais desmatadas em janeiro estão localizadas em Roraima. Além disso, em relação às unidades de conservação, Pará e Amazonas concentram o maior número entre as dez mais desmatadas no mês, com três em cada estado.
* Com informações da Agência Brasil