EDUCAÇÃO

Professoras vencem prêmio nacional com projeto sobre impactos do garimpo ilegal

As finalistas viajarão para São Paulo para participarem da premiação, que será realizada em 4 de maio

Com projeto a respeito das consequências do garimpo ilegal, as professoras Francimara Gomes, Edilamar Soares e Shirlei Catão foram vencedoras do Prêmio Professor Porvir. Na Escola Municipal Francisco de Souza Bríglia, a iniciativa foi feita com alunos da 1ª série do Ensino Fundamental na modalidade de Ensino para Jovens e Adultos (EJA).

As atividades aconteceram entre fevereiro e outubro do ano passado. Ao todo, 35 estudantes, entre 16 e 74 anos, participaram. Conforme Francimara, cuidadora de alunos com deficiência, o objetivo do projeto “A terra de Macunaíma pede socorro!” também foi de conversar com a comunidade escolar sobre as melhores formas de minimizar os efeitos do garimpo no estado. 

“Tivemos essa ideia nos baseando nas vivências dos alunos da EJA, que já vêm de uma vida atribulada, em que não puderam desenvolver os estudos e tiveram que parar. Durante as conversas em sala, notamos que muitos vieram do garimpo e perderam oportunidades por causa das consequências dessa atividade”, disse.

As ações do projeto incluíram: estudo sobre os efeitos da prática garimpeira nos rios, debates em sala de aula, análise de matérias jornalísticas sobre o tema, além de pesquisa e exposição sobre biografias de ambientalistas conhecidos.

Segundo Edilamar, também idealizadora do projeto, o trabalho com os alunos serviu para que refletissem sobre a realidade nas comunidades indígenas. Para ela, um dos resultados obtidos é a contribuição da iniciativa na vida das pessoas que participaram e se interessaram pelo assunto.

“O projeto nasceu do sonho de lutar por um mundo melhor onde todos precisam ter os seus direitos respeitados. Eu e os alunos descobrimos juntos o real significado da palavra ‘preservar’, que, na nossa concepção, é vida”, contou.

Há 22 anos na profissão, a professora Shirlei afirma que a conquista do prêmio é resultado do trabalho que tiveram e continuam tendo para educar a sociedade. “Muitas vezes o professor se sacrifica. Me sinto feliz em saber que ajudo a transformar vidas”.

As finalistas viajarão para São Paulo para participarem da premiação, que será realizada em 4 de maio. Os vencedores terão os projetos publicados em um e-book a ser lançado na mesma data.